A missão do Santuário
Dom Hélio Adelar Rubert – Arcebispo de Santa Maria
Ao Santuário Basílica de Nossa Senhora Medianeira acorrem, a cada ano, milhares e milhares de pessoas atraídas pela graça de Deus. Querem se confessar, pedir uma orientação espiritual, participar da Santa Missa, receber a comunhão, a bênção, rezar, cantar, agradecer alguma graça alcançada e pagar promessa.
Entre os que acorrem ao Santuário existem cristãos próximos da vivência eclesial, outros distantes e eventuais turistas. Há aqueles que vivem da liturgia e os que vivem somente da piedade e devoção popular.
Perante toda essa população flutuante, marcada pelos mais diversos sofrimentos, doenças físicas, morais e psicológicas, pecados, angústias, alienações e desencontros, a liturgia e o acolhimento do Santuário possuem uma função e missão importantíssimas.
O acolhimento, a escuta e a liturgia comunicarão a riqueza do mistério de Cristo e a maternidade de Maria. Os ritos são instrumentos de catequese e de graça entre o mistério cristão e os fiéis que buscam o Santuário.
A peregrinação, a beleza dos ritos e o modo como se celebra a liturgia, servem para tocar o coração das pessoas e ajudá-las a ter um encontro profundo com Deus.
O tema central da Romaria Estadual da Medianeira de Todas as Graças, no Ano Nacional Mariano, foi: “Com Maria, sigamos Jesus”. Os Santuários possuem a missão de esclarecer a fé do povo, robustecê-la, ajudando-o em sua caminhada para a Trindade Santa. Maria é o caminho para centralizar tudo nessa direção: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5).
Os Santuários são como que antenas permanentes da Boa Nova que apontam para o Cristo, nosso Mestre e Senhor, “rico em misericórdia”. É desejo da Igreja que os nossos Santuários sejam “como casas de famílias” onde as pessoas possam encontrar sentido de sua existência, o sabor da vida e, sobretudo, experimentar a presença e o amor de Deus e a ternura maternal através de Maria.
A vocação de Santuário é também de enviar para a missão, despertando nos fiéis a necessidade de todos serem testemunhas da Boa Nova de Cristo morto e ressuscitado em suas vidas e nas comunidades onde as pessoas vivem e cultivam comunitariamente sua fé. As comunidades, por sua vez, são luz e fermento de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.