Assembleia Regional inicia com reflexão sobre as Comunidades Eclesiais Missionárias
A Missão Eclesial tem sua fonte e origem em Deus mesmo. Da Trindade Santa transborda o amor que se manifesta na missão do Filho e do Espírito Santo, enviados do Pai. ‘De tal modo Deus amou o mundo, que deu seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3,16)
A Assembleia da Ação Evangelizadora do Regional Sul 3 iniciou na manhã desta quinta-feira, 10 de junho, pela primeira vez na história em modalidade virtual. Este ano, o tema central da Assembleia é Comunidades Eclesiais Missionárias, a partir da motivação das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019 – 2023.
O encontro conta com mais de 100 participantes: os arce/bispos de todo o Estado, coordenadores de pastorais arqui/diocesanos, assessores e coordenadores regionais das pastorais e organismos, representantes das comissões de presbíteros, diáconos e leigos, coordenadores dos movimentos eclesiais e vigários judiciais dos Tribunais Eclesiásticos.
Em sua Palavra de Abertura da Assembleia, o Presidente da CNBB Sul 3, Dom José Gislon, destacou:
“Queremos mobilizar nossas forças para olhar o caminho percorrido e, com esperança, para o futuro. Na assembleia temos o rosto do povo de Deus na nossa Igreja no Rio Grande do Sul. Que todos se sintam representados naqueles que estão participando neste momento, trazendo a voz, a angústia e a alegria do nosso povo”, comentou Dom Gislon.
Lembrando as vítimas da Covid-19, Dom José ressaltou: “Trazemos presente todos aqueles e aquelas que lutaram por esta Igreja e que foram afetados por este contexto da pandemia e partiram. Queremos continuar a jornada sem esquecê-los, mas que nos sintamos mais fortes nesse momento, pelo dom da fé e pelo sentido de comunhão, para sermos presença do amor e da ternura, da bondade de Deus neste mundo”.
Que esses dois dias fortaleçam ainda mais nosso senso de pertença e de comunhão com toda a Igreja e o Povo de Deus – devemos ser agentes de transformação, homens e mulheres tocados pela graça de Deus e que ajudam as pessoas a encontrarem força para continuarem a caminhada”, finalizou Dom José Gislon.
Comunidades Eclesiais Missionárias
Para assessorar o primeiro momento da Assembleia, o grupo contou com a presença do Pe. Marcus Barbosa, Subsecretário Adjunto de Pastoral da CNBB. O convidado trabalhou especialmente o tema central Comunidades Eclesiais Missionárias, destacando que este é um termo próprio das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja Brasil para responder ao momento atual e que se torna base para qualquer planejamento da ação eclesial.
“Precisamos ressaltar a necessidade de recomeçar a partir de Jesus Cristo, a partir da Iniciação à Vida Cristã, da catequese de inspiração catecumenal, partindo do Jesus implícito para o Jesus explícito e apresentando Cristo pelo anúncio, pelo testemunho e pelos gestos”, apontou Pe. Marcus.
Ele ainda ressaltou de forma especial a urgência das urgências: uma pastoral de conjunto, que garanta a articulação dos nossos trabalhos e que tenha a comunidade como centro. “É necessário reconfigurar a paróquia, considerando a proximidade com as pessoas e as periferias geográficas e existenciais”, apontou o assessor.
Segundo ele, as comunidades eclesiais missionárias são pequenas no número de membros, articuladas em rede, inseridas na vida local, com ação missionária, assistencial e socioambiental.
Olhar para a realidade
Ainda na parte da manhã, os participantes tiveram a oportunidade de se reunir por Províncias Eclesiásticas e no grupo ampliado das Pastorais e Organismos, com o objetivo de perceber em cada realidade quais as iniciativas existentes para a experiência da formação de discípulos missionários.
Os grupos foram provocados pelas seguintes questões:
1) Sendo a comunidade casa do encontro, da ternura e da solidariedade, sustentada por 4 pilares, a saber: Palavra, Pão, Caridade e Missão, o que conseguimos realizar efetivamente em nossas arqui/dioceses, nesse tempo de pandemia?
2) Quais são os novos desafios apresentados pela pandemia que poderão ser integrados às ações já realizadas?
3) Quais são as sugestões para promovermos a revitalização de nossas comunidades e assumirmos a formação de pequenas comunidades eclesiais missionárias como prioridade da ação evangelizador?
CNBB Sul 3