Assembleia aponta pistas para concretização das Comunidades Missionárias

Na manhã dessa sexta-feira (11), ocorreu a conclusão da Assembleia da Ação Evangelizadora da Igreja do Rio Grande do Sul, que teve como tema Comunidades Eclesiais Missionárias e reuniu mais de 100 representantes de toda a Igreja no Estado para debater o tema e apontar pistas de ação às arqui/dioceses, pastorais e organismos.

A manhã iniciou com a oração do Ofício Divino das Comunidades, recordando a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e as diversas realidades do Brasil e das ações eclesiais gaúchas. Em seguida, o ponto central dos trabalhos foi a apresentação das sínteses das conversas realizadas nas províncias eclesiásticas e no grupo dos serviços. Esses grupos debateram na manhã de quinta-feira sobre as conquistas obtidas nesse último ano, os desafios enfrentados e algumas sugestões para a ação da Igreja no Rio Grande do Sul.

Dom Aloísio Dilli, Bispo de Santa Cruz do Sul e Pe. Paulo Nodari – coordenador de Pastoral de Caxias do Sul e membro da equipe preparatória da Assembleia, realizaram a síntese das apresentações e apontaram alguns desafios para a ação evangelizadora da Igreja no Rio Grande do Sul. Entre eles, alguns destaques: uma maior atenção à nossa humanidade, considerando as dificuldades vivenciadas por cada um(a); a importância do uso das tecnologias; a comunicação e as redes sociais; a sede de formação para todos os ministérios (padres, bispos, leigos, seminaristas); o cuidado com a casa, lugar de acolhida e vida e espaço privilegiado para a constituição das Comunidades Eclesiais Missionárias; a necessidade de assumirmos uma Igreja realmente missionária; e o cuidado com todas as vidas, através de uma Ecologia Integral e da riqueza das propostas das Economias de Clara e Francisco.

Segundo Pe. Paulo, outro grande desafio é viver a unidade e a comunhão nos diferentes serviços e pastorais, vencendo a setorização para sempre nos darmos conta da beleza que há na Igreja. A partir dos relatos, ele alertou que devemos superar uma Igreja que vive como estrutura burocrática para encontrar caminhos e espaços de proximidade para viver a missão de Deus. “O conceito de sinodalidade é fundamental para seguir nosso caminho, valorizando os conselhos, os leigos e todas as instâncias da Igreja. Há muitos desafios, mas também temos muitas luzes para seguir nosso caminho”, destacou Pe. Paulo.

A Secretária Executiva da CNBB Sul 3, Sandra Zambon, lembrou que foram mais de 100 pessoas participando da assembleia, “e isso é um grande motivo para louvar a Deus”.

Dom José Gislon, Presidente do Regional Sul 3, finalizou agradecendo todos os envolvidos na organização da assembleia e avaliou:

“Foi bonito estarmos juntos, mesmo que distantes, unidos pela fé, com tantos desafios mas também com esperança, valorizando a vida dom de Deus em todas as realidade em que ela se faz presente. Foi um tempo de graça, reflexões e partilhas para podermos reacender a chama da fé no nosso coração de discípulos e discípulas que vivem o discipulado com o Sagrado Coração de Jesus, em proximidade com os irmãos e irmãs”.

“Que todo este tempo vivido seja de graça para cada um de nós em primeiro lugar, mas também para as nossas igrejas particulares, pastorais e movimentos presentes na Igreja do Rio Grande do Sul”, finalizou Dom Gislon.

Semana de Encontros

Muitos encontros precederam a Assembleia, entre eles as diversas reuniões da equipe responsável pela preparação da ARAE: Sandra Zambon, Pe. Paulo Cesar Nodari, Pe. Jonison Mallmann, Pe. Wilson Fernandes, Pe. Ivanir Rampon, Pe. Ludinei Marcos Vian, Pe. Edson André Tomassin e Victória Holzbach.

Além disso, também antecederam a assembleia os encontros do Conselho Episcopal Regional (CONSER), na terça-feira, com todos os arce/bispos do Regional Sul 3; e pelo encontro do episcopado com os superiores e as superioras Provinciais dos Religiosos e Religiosas no Rio Grande do Sul (CRB/RS) na manhã da quarta-feira.

CNBB Sul 3
Colaboração: Lupi Scheer Dos Santos