Comunhão, participação e solidariedade: Participantes do RS avaliam 58ª AG

Uma tela. Cerca de 400 participantes. Do Rio Grande do Sul, 22 bispos titulares, 4 bispos eméritos e a Secretária Executiva do Regional. Esta foi a plenária da 58ª Assembleia Geral da CNBB, encerrada nesta sexta-feira (16). Entre os muitos desafios, o mais evidente foi a realização da assembleia pela primeira vez em modalidade online.

Na partilha das memórias destes cinco dias, uma palavra encontra unanimidade entre os participantes: comunhão. “A 58ª Assembleia dos Bispos foi uma maravilha na organização, partilha de opiniões e experiências pastorais. Os Bispos participaram de todos os recantos do Brasil com atenção, espírito de oração e acolhimento. Sentiu-se um grande desejo de escuta, união e solidariedade”, analisa Dom Hélio Adelar Rubert, Arcebispo de Santa Maria.

O Bispo Diocesano de Bagé, Dom Cleonir Dalbosco ressalta de modo especial em sua avaliação a importância da temática central: “A Palavra de Deus como centro de nossas reflexões e como iluminação dos trabalhos e de nossas relações, foi fundamental para o bom êxito de nossa 58ª Assembleia Geral”, diz Dom Cleonir.

“A assembleia deixou um clima muito bom entre os participantes neste momento. Para fechar com chave de ouro recebemos a mensagem do Papa Francisco, que nos deixou enriquecidos em ternura, amor, solidariedade e comunhão. Ele diz que é possível vencer todas as situações difíceis se estivermos unidos”, finaliza.

Outra percepção é a da Secretária Executiva do Regional Sul 3, Sandra Zambon, que realça a sinodalidade expressa no episcopado brasileiro e o compromisso com a Igreja e com o Povo de Deus: “Tenho a impressão que as Comissões estão bastante afinadas com o Magistério de Francisco e sinto que a Igreja está se reencontrando em sua realidade. Muitos trabalhos! Muita dedicação do Povo de Deus em diversas frentes! Riqueza e diversidade de uma Igreja Viva e atenta à sinodalidade”, comenta Sandra.

Outro participante do Rio Grande do Sul foi dom Zeno Hastenteufel, Bispo de Novo Hamburgo. Para ele o encontro foi “surpreendente e acima da expectativa”. Conforme Dom Zeno, “tratamos todos os assuntos, até os mais polêmicos, com muita naturalidade e incrível participação. Eu nem imaginava que isto já fosse possível. Preocupa-nos muito a unidade da Igreja”, pontua o bispo.

O ambiente online

Para o vice-presidente da CNBB e Arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, uma das marcas do encontro é justamente o novo ambiente. “Celebrar a Assembleia Geral da CNBB na forma on-line é algo inédito. É a primeira vez que isso acontece, exigindo aprendizado, paciência e ousadia”, comenta Dom Jaime.

“Certamente as plataformas digitais oferecem oportunidades várias: agilidade, rapidez, uso do tempo, redução de custos. Esta opção apresenta, contudo, limitações: a salutar proximidade, a alegria de poder encontrar os irmãos e o estar próximos (rezar juntos, caminhar juntos para os diversos espaços da Assembleia, como oferece o Santuário de Aparecida)”, lembra o Arcebispo.

Olhando para o futuro, Dom Jaime prevê que a experiência desta 58ª Assembleia pode rever procedimentos e apontar para um novo caminho: “Esta forma de realizar a Assembleia Geral está mostrando que há assuntos que usualmente fazem parte da mesma, poderiam ser tratados através do uso de plataformas digitais. Com isso, creio, poder-se-ia, por exemplo, repensar a duração da Assembleia na forma presencial”, pondera ele .

A Secretária Executiva, Sandra Zambon, acrescenta neste aspecto que a eficácia dos encaminhamentos e o andamento do encontro não ficaram prejudicados pelo virtual: “Foram dias memoráveis para a história da Igreja do Brasil. Estou muito impressionada pelo resultado, sendo virtual; temas, leveza e objetividade da presidência, a presença expressiva dos bispos e as intervenções. Por ser virtual, me pareceu que as discussões dos temas foram ainda mais realistas”, destaca.

Palavra do Presidente

Dom José Gislon divulgou esta tarde um vídeo com a sua palavra de avaliação. Segundo ele, “alem do estudo foi um momento de encontro fraterno”, de muita preocupação com a realidade do Brasil, especialmente pela pandemia, e de vivência da nossa missão de ser Igreja.

Ouça a mensagem de Dom Gislon no vídeo a seguir:

CNBB Sul 3