Conclusão do Ano da Misericórdia

Dom Remídio José Bohn – Bispo de Cachoeira do Sul 

“A Igreja foi encorajada a abrir as suas portas para sair com o Senhor ao encontro dos filhos e filhas em caminho, às vezes incertos, às vezes perdidos, nestes tempos difíceis. As famílias cristãs, em particular, foram encorajadas a abrir a porta ao Senhor que espera para entrar, levando sua benção e sua amizade. E se a porta da misericórdia de Deus está sempre aberta, também as portas das nossas igrejas, das nossas comunidades, das nossas paróquias, das nossas instituições, das nossas dioceses, devem estar abertas, para que assim todos possam sair e levar essa misericórdia de Deus”. Assim, o Papa Francisco abriu o ano jubilar da misericórdia, mostrando que o caminho da vida cristã passa pela acolhida, pelo perdão e pela reconciliação.

Fomos convidados a refletir sobre as obras de misericórdia corporais e espirituais, que traduzem concretamente as exigências e as possibilidades que temos para a prática cotidiana da misericórdia. Na verdade, são exigências da caridade e do amor misericordioso, pelas quais seremos julgados: “Todas as vezes que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos  foi a mim que o fizestes” (Mt 25,31-46).

Passar pela Porta Santa é uma ação simbólica, que significa nossa atitude de fé em Deus misericordioso com o desejo de obter misericórdia e indulgência da parte de Deus. Assim, ao longo deste ano, em nossa Catedral Diocesana, tivemos a graça realizar peregrinações, praticar as obras de misericórdia, intensificar a oração, passar pela Porta Santa, perdoar a todos, buscar o Sacramento da Reconciliação, superar a corrupção, receber a indulgência, participar da Eucaristia, fortalecer o ecumenismo e converter-nos. Todas essas ações, feitas individual ou comunitariamente, foram oportunidades de vivenciar verdadeiramente o Ano santo.

Em comunhão com os católicos de todo o mundo, vivenciamos os últimos dias do Jubileu da Misericórdia, que será concluído pelo Papa Francisco no dia 20 de novembro, no Vaticano. Aqui no Brasil, a Porta Santa, aberta em cada diocese, será fechada neste domingo, dia 13 de novembro, em comunhão com o fechamento nas Basílicas papais de Roma: São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros.

Este Ano do Jubileu Extraordinário da Misericórdia foi um tempo de graça em que fizemos a experiência da misericórdia divina e agimos de forma misericordiosa. Todavia, ao chegar ao fim destas celebrações jubilares, convém destacar que nossas atitudes misericordiosas devem continuar fortalecidas enquanto a ação misericordiosa de Deus permanece.

Venha participar conosco da celebração deste domingo, em nossa Catedral, na missa das 18h30, em que realizaremos o ritual de encerramento do Ano da Misericórdia, tendo como símbolo o fechamento da Porta Santa.

 

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