Dou-vos um mandamento novo: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.

Estas são as palavras de Jesus, que o Evangelho de hoje (João 13,31-33.34-35) nos transmite. O mesmo Evangelho nos afirma que tais palavras foram pronunciadas por Jesus, depois de Judas sair do Cenáculo, isto é, no final da última Ceia. Aproximava-se a hora da despedida, hora particularmente solene. E não é por acaso que tal aconteceu. As últimas palavras pronunciadas por alguém, no momento da despedida, são para ser sempre particularmente lembradas. O Senhor quis e quer que assim aconteça. Estas palavras como que resumem todo o Seu ensino. São mesmo a essência do cristianismo. Este mandamento do amor, é o resumo de todos os outros. Como pois é importante cumpri-lo!

Amar como Ele nos amou e ama é amar sempre. A medida deste amor é amor sem medida. É amar a todos sem exceção. Ele o disse e o fez. No alto da cruz pede perdão para quem o crucificou, quem lhe cuspiu, quem o esbofeteou, quem o flagelou: “Pai perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”.

O amor verdadeiro é aquele que sabe sempre perdoar. É aquele que se traduz em preocupação de tornar o outro feliz.

Este mandamento a que Jesus chamou novo, continua a ser novo. E é de tal maneira novo que ainda é desconhecido por tanta gente e mais ainda, anda a ser por tantos tão mal vivido, mal praticado. Quando todos o praticarem surgirá uma vida nova, bela como noiva adornada para o seu esposo, como nos refere a 2ª Leitura (Apocalipse 21,1-5). Quando for posta em prática, como o fez Paulo e Barnabé, muitos outros surgirão para levar esta mensagem de alegria e esperança a toda a Terra.

Com razão, São João nos diz, que Deus é AMOR e o Papa Francisco que o nome de Deus é MISERICÓRDIA, pois a quer exercer para com todos que a queiram aceitar, sem exclusão alguma. Ele ama-nos sempre e mais ainda, nos recorda a Escritura, começou a amar-nos, quando ainda éramos pecadores. Ama-nos sempre, mesmo quando o ofendemos. Deus só vê o nosso interesse, a nossa felicidade.

“É por isto que todos saberão que sois meus discípulos” nos recorda Jesus e assim tem acontecido ao longo dos séculos. Logo desde o início, era de tal maneira palpável esta vivência nos primeiros cristãos, que os pagãos, admirados, diziam: “Vede como eles se amam!”. Por sua vez Jesus recorda: “Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11,29). E como com os primeiros cristãos, muitos outros irmãos nossos, ao longo dos séculos, têm seguido com generosidade, esta recomendação do Senhor.

Redobremos os nossos esforços numa atenção especial para com os que mais precisam: doentes, pecadores, atribulados, abandonados, presos, amigos e inimigos. Concretizemos o conselho dado também por S. João (1 João 4, 7-8): “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo o que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. O que não ama não conhece a Deus; porque Deus é Amor” Seguindo este caminho, muitos outros poderão vir a conhecer o verdadeiro Deus, a converter-se, como o fizeram tantos pagãos no princípio do cristianismo, e obteremos, com a misericórdia infinita do Senhor, a nossa própria salvação para ”louvarmos para sempre o Vosso nome, Senhor, meu Deus e Meu Rei”.