E começa a Semana Santa

Em muitas de nossas paróquias, está havendo uma bonita movimentação a cada domingo. São as crianças da catequese, presentes na missa, com algum cartão na mão, buscando a assinatura ou o selinho. De qualquer forma, estas crianças são atraídas por alguma coisa. Elas precisam ter uma motivação externa. Antigamente, bastava o incentivo dos pais!

Mas, nas catequeses durante a semana, os padres precisam reunir as crianças, na igreja, para um encontro com o padre. Ali se prepara o clima para a missa do domingo seguinte. E, quando agora chegamos, à Semana Santa, as crianças pensam no “feriadão da semana santa”.

Quando então o padre consegue explicar bem, o que se entende por “Semana Santa” e como é que nós cristãos tornamos santa esta semana, as crianças percebem logo que esta é uma semana em que se participa ou então ela não vai ser santa.

A verdade é que o cristianismo começou com a páscoa. Nós existimos como cristãos e verdadeiros seguidores de Cristo, porque Jesus veio ao mundo, morreu por nós na cruz e, no dia de páscoa, Ele ressuscitou glorioso do sepulcro.

Pois na Semana Santa nós recordamos e celebramos de novo todos estes acontecimentos, que envolvem a nossa salvação. Nós fomos salvos nesta semana, quer se deveria passar ao lado de Jesus e meditar sobre o grande significado de tudo o que aconteceu por nós.

No domingo de ramos, nós queremos com Jesus, entrar no palco destas grandes celebrações da semana, com o nosso ramo verde na mão. Depois, na quinta-feira, queremos participar da Ceia do Senhor, na noite em que Ele nos deixou o seu testamento: a Eucaristia, o Sacerdócio e o mandamento do amor.

Na sexta-feira santa nós católicos fazemos o nosso jejum e abstinência, na convicção de que somos capazes de dominar os nossos instintos e viver com liberdade o seguimento do Senhor.  Não é dia de se ficar lamentando o que aconteceu, mas agradecer o supremo gesto do amor. Ele morreu por nós porque nos ama.

No sábado à noite, nós queremos nos encontrar com o Cristo ressuscitado e participar da solene vigília pascal. Santo Agostinho dizia que esta é a celebração mais importante do ano. Ali nós começamos uma nova vida, com o Cristo ressuscitado que vamos anunciar.

+ Zeno Hastenteufel – Bispo Diocesano de Novo Hamburgo