Missa e aula inaugural dão abertura ao Curso de Pós-Graduação em Missiologia
Uma missa, realizada na manhã desta segunda-feira, 20 de janeiro, na sede da Faculdade de Teologia (Fateo) da arquidiocese de Brasília, marcou a abertura do 1º curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Missiologia oferecido pelo Centro Cultural Missionário (CCM) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com a faculdade.
Segundo o padre Antônio Niemiec, secretário nacional da Pontifícia União Missionária e coordenador da pós-graduação, o curso é uma concretização de inspirações do Programa Missionário Nacional, das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), como também do processo de preparação e da vivência do Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo Papa Francisco em outubro de 2019.
Cerca de 50 participantes dos 18 regionais da CNBB, entre padres, religiosos e religiosas, consagrados e leigos marcaram presença na missa que foi seguida da Aula Inaugural do curso, proferida pelo diretor geral da Fateo, o padre nigeriano Godwin Nnaemeka Uchego. Ele aprofundou na primeira aula do curso a missiologia como fundamento de todas as ciências teológicas.
Segundo o subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Dirceu de Oliveira Medeiros, presente na celebração representando a presidência da entidade, este curso é uma resposta aos apelos do Papa Francisco que tem falado insistentemente em uma Igreja em saída e na necessidade de ir ao encontro das periferias existenciais.
O subsecretário adjunto da CNBB afirmou que o curso buscará responder aos desafios apontados pela vivência do Mês Missionário Extraordinário, em outubro de 2019, e pelas DGAE 2019-2023. “A gente espera que os participantes deste curso possam se tornar multiplicadores junto aos regionais da CNBB, ajudando na capacitação de outras pessoas para que a Igreja assuma a consciência missionária e não guarde para si o tesouro da fé, do Evangelho e a experiência de Cristo”, disse. O seminarista de Feira de Santana (BA), Udilon Conceição de Jesus, vai aproveitar o curso para aprofundar o projeto “Santas Missões Populares” que está sendo trabalhado em sua arquidiocese.
“Eu me senti interessado nesse curso para ficar melhor engajado e também contribuir mais nesta questão missionária na nossa arquidiocese. O curso vai ajudar bastante nisso. A missão abrange toda a vida da Igreja, a nossa vida como seus membros, dos cristãos e daqueles que não têm o conhecimento da Igreja”, disse.
Teoria e prática – O diretor das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Maurício da Silva Jardim, reforçou que a pós-graduação em missiologia surgiu a partir de uma escuta feita junto aos 18 regionais da CNBB, por meio dos Conselhos Missionários Regionais e de pessoas qualificadas na área da missiologia, para responder aos desafios da formação nas dioceses, nas paróquias e comunidades.
“Esta formação era um sonho já de muitos anos das Pontifícias Obras Missionárias, da CNBB e do Centro Cultural Missionário para formar multiplicadores em todo o Brasil que possam oferecer uma formação mais qualificada”, disse.
O coordenador da pós-graduação, padre Antônio Niemiec, informou que a metodologia do curso buscará desenvolver tanto o aspecto teórico, por meio da exigência da produção e apresentação de artigos científicos, quanto prático com a exigência de que cada aluno elabore um projeto missionário para sua paróquia e diocese.
“Além da reflexão também buscaremos o enraizamento na realidade por meio dos projetos concretos que eles vão elaborar ao longo do curso”, disse.
Victória Holzbach, do Conselho Missionário Regional do Sul 3, fez parte como leiga da experiência missionária “ad gentes” do regional Sul 3 em Moçambique, na África, de 2016 a 2019.
Segundo ela, a pós graduação vai ajudá-la a aprofundar a presença do leigo missionário e de maneira especial a presença da mulher leiga numa missão “ad gentes”.
Do Rio Grande do Sul, também são alunos da pós graduação o padre Tiago Camargo, da Arquidiocese de Porto Alegre e a irmã Janete Beatriz Maders, das irmãs da Divina Providência.
Fonte: CNBB