Missionários do RS celebram 25 anos de presença em Moçambique

Em sintonia com o Rio Grande do Sul, leigas e padres em missão no país africano comemoraram a data com a comunidade local

 

O último final de semana (28 e 29) foi ocasião para uma grande festa na Arquidiocese de Nampula, Moçambique, onde atua a equipe missionária enviada pelo Regional Sul 3. No local, o Projeto Igrejas Solidárias é responsável por duas paróquias, que somam juntas cerca de 150 comunidades. Uma delas, São Miguel Arcanjo, em Micane, realizou uma grande comemoração para o dia do padroeiro, celebrado tradicionalmente em toda a Igreja em 29 de setembro.

Além de lembrar o padroeiro, a celebração deste ano teve um motivo ainda mais especial: os 25 anos de presença missionária dos brasileiros em Moçambique. Em ambas as regiões foram convidados todos os animadores paroquiais dos ministérios e os anciãos de todas as comunidades. Como de costume, devido às longas distâncias, muitos chegaram na noite anterior com suas bicicletas ou motos para se preparar bem para a celebração do dia seguinte.

Para facilitar o acesso às lideranças nas formações, celebrações, festas e visitas, a paróquia de Micane, no Distrito de Moma, conta atualmente com 107 comunidades e, por isso, é divida em duas regiões: Micane e Jagoma. Assim também aconteceram as celebrações, no sábado, 28, em Micane e no domingo em Jagoma.

As duas missas foram presididas pelo padre Roni Mayer, missionário da Arquidiocese de Santa Maria, que atualmente está como pároco de Micane. Com muita alegria, cores, cantos, danças e tambores, as celebrações aconteceram de forma a pedir a proteção do Arcanjo São Miguel. Outra motivação foi fazer memória e glorificar a Deus pelos tantos missionários que se doaram ao serviço ao longo destes 25 anos. Foram padres, religiosas, leigos e leigas, lembrados e nomeados pelos paroquianos nos dois dias.

O leigo Jorge Silane, liderança da região Jagoma, esteve no Brasil durante o mês de julho, também para as celebrações dos 25 anos. Nos dois dias, Jorge teve a oportunidade de partilhar com os presentes sua experiência. Com um testemunho de fé e esperança, ele relatou alegremente sua vivência com a Igreja do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul.

Após as celebrações, foi servido almoço para os convidados, viabilizado com o apoio do Projeto Igrejas Solidárias, que é mantido pela Coleta de Pentecostes de todas as paróquias do Rio Grande do Sul. Em Moçambique, um bom almoço de festa é arroz e carne de cabrito. Neste não poderia ter sido diferente.

A gratidão pela presença dos mais de 60 missionários enviados pelo projeto, bem como pela celebração da Festa do Padroeiro foi expressada pelos cristãos por meio das palavras, gestos e pela nítida alegria desde o momento da preparação da liturgia, ornamentação, alimentação e mensagens para este dia festivo.