O Dia Nacional da Juventude

Há muitos anos a Igreja do Brasil costuma celebrar o “Dia nacional da Juventude” precisamente no último domingo de outubro. É no meio da primavera, em geral, neste dia se fazem caminhadas, celebrações campais e até dias inteiros de encontros com os jovens.

Todos sabem que a juventude gosta de celebrar com cantos apropriados, com conteúdos programáticos e linguagem própria, com grande sensibilidade ritual e com alguma criatividade característica. Entretanto, neste ano de pandemia, os nossos jovens pouco conseguiram no modo presencial. São muito rápidos e capazes de utilizar as redes sociais para estabelecer comunicação e transmissão de fatos e eventos.

Nas celebrações deste final de semana, merece destaque o apelo em favor dos estrangeiros e migrantes. O Livro do Êxodo ensina: “Não oprimas nem maltrates o estrangeiro, pois fostes estrangeiros no Egito. Não façais mal algum à viúva, nem ao órfão. Se os maltratares, gritarão por mim e eu ouvirei o seu clamor” (Ex 22, 20-21).

O jovem é muito sensível diante da transgressão dos direitos humanos, basta observar a maioria de jovens, nas demonstrações contra o racismo ou contra qualquer tipo de ditadura, em qualquer parte do mundo, sempre a maioria são jovens.

Também aqui em nossa região, um dos trabalhos mais duros em favor dos pobres, é o que fazem exatamente os jovens que são os “anjos da madrugada” que levam comida quente aos moradores de rua.

E, no momento em que eles perguntam a Jesus, qual é o maior de todos os mandamentos, ele simplesmente responde que são dois: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento, mas o segundo é igual a este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas dependem destes dois mandamentos” (Mt 22,37-40).

Jesus conseguiu resumir toda a Lei e todos os mandamentos nestes dois preceitos que segundo Ele são iguais e contém tudo o que realmente precisamos observar. Na mesma direção vai também a orientação de São Paulo aos Tessalonicenses, onde apresenta o seu jeito de anunciar a Palavra e, ao mesmo tempo, dá exemplo de acolhida e conversão. É isto que transformou a Macedônia e a Acaia.

Dom Zeno Hastenteufel – Bispo Diocesano de Novo Hamburgo