O que devemos fazer para trabalhar nas obras de Deus?

A Igreja do Brasil dedica o mês de agosto às vocações. Cada semana refletiremos e rezaremos para uma delas. Nesta primeira semana nossa atenção vai aos chamados Ministérios Ordenados: a vocação assumida pelo diácono, o padre e o bispo.

O Evangelho que vamos ouvir nas celebrações dominicais neste mês é o capítulo 6 de São João, onde Jesus se apresenta como o “Pão da vida”, enviado pelo Pai que está nos céus. No texto deste final de semana os que vão procurar Jesus depois da multiplicação dos pães perguntam: “O que devemos fazer para trabalhar nas obras de Deus?” e Jesus responde: “A obra de Deus consiste em que acrediteis naquele que ele enviou”.

Percebemos aqui o chamado universal ao seguimento de Jesus, a acreditar nele. Ele veio para todos os homens e mulheres, sem exceção. Salvou todos, ama todos e a todos convida a entrar no caminho por ele aberto que conduz a vida plena. Todos chamados à santidade, ao engajamento na vida da Igreja, a darmos nossa resposta pessoal. Portanto, um fazer que não é um trabalho, mas uma atitude de vida: acreditar em Jesus.

A partir dos dons que Deus concede a cada um, ele alimenta um sonho bom, de uma vida fecunda e feliz, mas que cabe a cada cristão descobrir o ‘como’. É o que chamamos de vocações específicas: Ministérios Ordenados, Vida Consagrada e Vocação Leiga.

Somos convidados, nestes dias, a centrar nossas atenções e preces pelos diáconos, padres e bispos que tem a responsabilidade na Igreja de servir o povo de Deus a eles confiado, pela pregação da Palavra, a administração dos sacramentos e a organização das comunidades numa Igreja Particular.

A Ordenação Diaconal dos seminaristas Edivan Machado de Oliveira em Terra de Areia, no dia 30 de julho, e do Jackson William Fischoder dos Santos em Santo Antônio da Patrulha, no dia 6 de agosto, é ocasião para lembrar e orar para que Deus continue chamando muitos outros jovens de nossas comunidades a essa entrega total ao serviço do Reino de Deus.

Trago dentro de mim a convicção que se o ministro ordenado for realmente aquilo que é chamado a ser: “homem de Deus para os homens e homem dos homens para Deus”, será sempre um trabalhador na Obra de Deus, uma pessoa fecunda e feliz.

Não estou dizendo que somos perfeitos. Continuamos pessoas humanas, suscetíveis a fraquezas e fragilidades, mas consagrados pela força específica da graça de Deus conferida pelo sacramento da Ordem.  Quando sinceros e esforçados no viver o nosso ministério, nos tornamos para a comunidade cristã uma referência importante.

Aproveito, também, deste espaço para pedir orações pela saúde do Pe. Ceverino Craco, que continua internado e lutando pela sua recuperação.

Para refletir:

Textos bíblicos: Jo 6, 25-34; Ef 4, 1-6; 1 Cor 11,23-32.

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório