Padres, Diáconos e leigos da Diocese de Erexim refletem a Presidência na Liturgia

A Comissão Diocesana de Liturgia, Música e Arte Sacra promoveu seminário de liturgia na noite desta sexta-feira e neste sábado 26 e 27,, no Salão de Eventos do Seminário com a participação de mais de 120 pessoas entre padres, diáconos, religiosas, leigos e leigas.

Com assessoria de Ir. Maria da Penha Carpanedo, das Irmãs Discípulas do Divino Mestre, especialista em liturgia, residente em São Paulo, refletiram sobre a natureza, a espiritualidade e a arte da presidência nas celebrações litúrgicas.

Na abertura do encontro, Pe. Maicon Malacarne, Coordenador de Pastoral, fez a apresentação dos diversos grupos paroquiais e outros participantes. Pe. André Lopes, Coordenador da Comissão de Liturgia, deu as orientações sobre o desenvolvimento do encontro. Dom José agradeceu antecipadamente o esforço da assessora em vir assessorar o seminário. Ressaltou a necessidade de se retomar continuamente a mística da espiritualidade litúrgica, de evitar a improvisação e animar as celebrações com alegria e envolvimento bem humano dos participantes.

Ir. Penha conduziu o encontro com reflexões e vivências dos ritos das celebrações. Em suas exposições, falou do movimento litúrgico desencadeado em 1909, da reforma litúrgica pelo Concílio Vaticano II de 1962 a 1965, especialmente com o documento sobre a liturgia e sua implementação em andamento. Aprofundou aspectos da natureza das ações litúrgicas. São de todo o corpo da Igreja. A presidência é serviço em vista da participação ativa da assembleia. Quem preside o faz em nome de Cristo. Supõe a adesão de fé em Jesus e conhecimento da fé de Jesus. Quem preside serve a Deus e ao povo com dignidade e humildade, e, pelo seu modo de agir e proferir as palavras divinas, sugere aos fiéis uma presença viva de Cristo. Deve estimular a participação ativa, não apenas exterior, mas conduzir a comunidade a participar intimamente do mistério do Cristo Crucificado-Ressuscitado. A assessora acentuou também que a presidência litúrgica requer a precisão na execução dos ritos, o que não significa mero rubricismo. Esta precisão ritual implica a quem preside ter consciência da ação que realiza, da oração que profere, da relação que existe entre gestos-palavras e a atitude de fé que lhe corresponde. Precisa acreditar profundamente naquilo que está realizando. Não basta recitar a oração, é preciso rezar efetivamente, de corpo e espírito; recolher-se em oração, inclinar-se, erguer as mãos… Vigiar para não pronunciar uma oração de maneira apressada e impessoal.

Organizados em 8 grupos, os participantes analisaram os diversos ritos da celebração e os realizaram vivencialmente no plenário – procissão de entrada e abertura, aspersão em lugar do ato penitencial, proclamação da Palavra, preparação e apresentação das oferendas, ação de graças e momento da comunhão eucarística.

Irmã Maria da Penha Carpanedo

Nasceu no dia 18 de novembro de 1953, em Nova Venécia, Espírito Santo. Tem 45 anos de vida religiosa na Congregação das Pias Discípulas do Divino Mestre. Tem mestrado em liturgia. Integra a “Rede CELEBRA” (rede formada por pessoas, grupos e comunidades, aberta ao diálogo ecumênico, comprometida com uma liturgia cristã, fonte de espiritualidade, inculturada na caminhada, solidária com os pobres” – Carta de Princípios, nº 07). É redatora da Revista de Liturgia. Publicou Celebração da Palavra no dia do Senhor, subsídios para ministros da Palavra, inicialmente em cinco volumes, reeditados em dois. Integrou a equipe de redação e publicação do Ofício Divino das Comunidades, Tem diversos artigos sobre liturgia em algumas revistas. Presta assessoria a comunidades, a agentes e escolas de pastoral litúrgica. Atualmente, reside em São Paulo, SP.

Fonte: Pe. Antonio Valentini Neto