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Presidente: Dom Rodolfo Luis Weber

LITURGIA

Missão

Favorecer e acompanhar a animação, formação, articulação, das dioceses do Regional Sul 3, no âmbito da liturgia. 

O setor de liturgia coordena e articula a animação e formação litúrgica a nível do Regional Sul 3 e realiza suas ações em comunhão com a CNBB Nacional e movimentos populares de estudo e formação litúrgica. 

Durante o ano, o Setor de Liturgia promove reuniões e formações, atento a necessidade das comunidades e socializando os estudos da Igreja. 

Liturgia, ação de Cristo

Ao conjunto de celebrações e elementos simbólicos e rituais que o constitui, entende-se como Liturgia. No âmbito eclesial, a compreensão é mais profunda, pois inclui sua realidade mais importante e essencial, que é a fé. Essa não é mais um dos elementos constitutivos da Liturgia da Igreja, senão, o elemento que lhe dá razão e sentido. A fé é adesão a uma Pessoa, Jesus Cristo, o Filho de Deus. É dom de Cristo e do Espírito, transmitida, por meio da Igreja, aos fiéis. A fé é celebrada na Liturgia e a Liturgia nutre a fé dos crentes. A Liturgia é a epifania da fé cristã, em seu sentido mais vivo e verdadeiro.

A Liturgia é ação ritual e serviço divino à humanidade. As duas concepções (culto e serviço) se complementam, quando se leva em conta que Cristo é o Liturgo, por excelência: ele promove ações permanentes em benefício de toda a humanidade e de toda a criação. Na celebração é ele quem age, tornando-nos participantes de seus benefícios.

Sendo fundamentalmente ação, em favor dos seres humanos, a Liturgia se constitui como exercício do sacerdócio de Cristo, pois é ele quem age nas celebrações. Nesse sentido, ela é também ação da comunidade, que participa da ação de Cristo, prolongando na história atual a salvação que Ele nos trouxe.

Também, pelo culto existencial, o agir de Cristo se prolonga no mundo. O cristão que celebra o mistério de Cristo é chamado a viver com coerência, segundo aquilo que celebra. Por isso mesmo, a Liturgia comporta uma dimensão ética irrenunciável. O culto, se distanciado da prática da justiça e do testemunho coerente, é estéril e abominável a Deus.

Para se compreender a Liturgia da Igreja, é necessário fixar os olhos em Jesus: por meio dele – homem de Nazaré, visível, tangível e audível – a humanidade pôde contemplar o Deus invisível. Sua pessoa, seus gestos, suas atitudes e suas palavras revelaram Deus. Jesus, o Filho de Deus, é o sacramento do Pai. Em Cristo existe uma íntima comunhão entre essas duas dimensões, sem negação, nem confusão, havendo, contudo, uma ordem: o visível conduz ao invisível e a ele se subordina. Da mesma forma se comporta a Igreja, e a Liturgia que a edifica: uma realidade invisível que se torna acessível por meio de sinais sensíveis, ou uma realidade sensível que se remete à outra não sensível. Mas as realidades espirituais não traem as realidades sensíveis. Elas as afirmam e as aperfeiçoam.

Na Liturgia prevalece o princípio da encarnação. O Cristo, que não mais vemos, tocamos e ouvimos, torna-se acessível nos sinais: pão e vinho partilhados; palavra proclamada; reunião dos irmãos; gestos; símbolos e preces. São Leão Magno afirmou: ‘o que era visível em nosso Redentor, passou para as celebrações’, e Santo Ambrósio: “é nos teus mistérios (celebrações) que eu te encontro”. Cristo preside a Liturgia. Ele nos fala, quando se leem as Escrituras; ora em nós, quando salmodiamos; cura; perdoa; une; abençoa; consagra.

A Liturgia traz em si um aspecto memorial. Enquanto recorda os feitos de Deus, ela transporta os fiéis ao evento primordial da fé, o Mistério Pascal de Cristo. A comunidade que celebra é reapresentada ao acontecimento salvífico, tornando-se dele contemporânea. Isso é possível pela fé e pela atuação do Espírito que perpassa as ações da Igreja.

Sendo expressão da fé, a liturgia da Igreja é viva, dinâmica e encarnada. Ela não pode ser compreendida como uma realidade estática e imutável. Todavia, o seu evento se constitui de elementos imutáveis, aqueles que são divinamente instituídos, e de elementos mutáveis, aqueles que correspondem às situações humanas, aos condicionamentos históricos e culturais das comunidades com as quais interage. A liturgia da Igreja, sendo um organismo vivo, cresce e se desenvolve, absorve costumes, e também evolui em situações diferenciadas. Por isso, convém discernir em que medida suas alterações são benéficas ou prejudiciais à fé, intervindo, quando necessário, com sabedoria e paciência, sem lhe impedir o viço, e seguindo as orientações da Igreja, no caso de intervenções.

BISPO REFERENCIAL

DOM ALOÍSIO DILLI

COORDENADOR

Rafael Ostrzyzeck

rafaelostrzyzeck@gmail.com