71ª Romaria de Fátima reúne milhares de fieis no seu retorno presencial

Milhares de pessoas participaram da 71° Romaria ao Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Cruz Alta, que, após dois anos pandêmicos, voltou a ser presencial. Nem mesmo o clima de inverno em plena primavera, nublado e frio impediu que fiéis, vindos de vários pontos da cidade, estado e até de fora do RS, acordassem cedo para caminhar junto a Nossa Senhora de Fátima, em demonstração de fé e devoção.

Ainda cedo os romeiros foram acolhidos na Catedral e participaram da missa às 8, presidida pelo Pároco Pe. Márcio Laufer, Diretor Espiritual dos casais organizadores da festa deste ano. Por volta das 9h da manhã, a imagem de Nossa Senhora saiu da Catedral, em romaria, carregada pelos casais que estarão organizando a próxima edição do evento, seguida por milhares de devotos, em direção ao Santuário.

O Arcebispo de Santa Maria, de Dom Leomar Brustolin, fez a caminhada junto ao povo e, no Santuário, celebrou a missa principal, no altar mor, concelebrada pelos padres de toda a Diocese. Dom Leomar destacou a importância de testemunharmos a fé, a esperança e caridade, enfatizando a importância da boa convivência, do perdão e a capacidade de dialogar. “Hoje estamos aqui, o frio está muito intenso, um dos dias mais frio dos últimos dias, mas, certamente, a presença das pessoas mostra que mais forte que o desafio físico é a nossa fé. E esta fé tem que nos transformar. O Papa Francisco sempre disse que ‘num pós-pandemia nós sairemos melhores ou piores, mas não iguais’. Nem todo mundo saiu melhor. A pergunta que fica é: E eu, como eu saí? E você que nos assiste, como é que está saindo? Está convivendo melhor com as pessoas? Ou não aprendemos? Eu sempre me pergunto: Porque eu sobrevivi ao covid? Porque eu tive chance de continuar e tantos amigos meus morreram? Isso significa que se nós estamos aqui, hoje, precisamos fazer a nossa parte. Testemunhar a fé, a esperança e a caridade”, reforça.

O Pe. Silvio Mazzarolo, Administrador Diocesano, falou do momento diferente que a Diocese de Cruz Alta está vivendo, ainda vacante. Destacou, também, o retorno da caminhada presencial junto a imagem de Nossa Senhora. “É certamente um momento de fé. Depois de dois anos de pandemia, percebemos que as pessoas estavam com “sede” deste momento, para vir aqui no santuário, pedir e agradecer a Nossa Senhora, mão de Jesus. Então, é uma prova de fé, uma prova de amor do nosso povo diocesano e, também, povo de outras regiões que estiveram caminhando junto conosco”, diz.

O Coordenador de Pastoral, Pe. Aldecir Corassa lembrou que a caminhada da romaria inicia muito antes do dia em que ela acontece. “Tivemos a nossa novena, todas as noites reunindo um grande número de pessoas. E lá já sentíamos a emoção das pessoas que estavam celebrando conosco. Claro, é uma emoção diferente, visto que a oração sempre nos traz uma energia diferente, positiva, de comunhão”, destaca o padre, salientando que a caminhada foi preparada de forma que as pessoas pudessem, no trajeto, rezar mais e, também, escutar.

Emocionados, os casais organizadores da 71ª edição, agradeceram a todos pelo empenho e companheirismo durante os meses de preparação.

Na parte da tarde a novidade foi o terço dos jovens e, na sequência, a Benção do Santíssimo Sacramento e bênção da saúde.

Com informações da Diocese de Cruz Alta