A Ascensão de Jesus, nossa Esperança

A Ascensão de Jesus, cuja Solenidade hoje celebramos, embora seja um evento histórico testemunhado por cerca de quinhentos discípulos, é uma das verdades de nossa fé católica. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “‘Então, o Senhor Jesus, após lhes ter falado, foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus’ (Marcos 16, 19). O corpo de Cristo foi glorificado desde o momento da sua ressurreição, como o provam as propriedades novas e sobrenaturais de que, a partir de então, ele goza permanentemente. Mas, durante os quarenta dias em que vai comer e beber familiarmente com os discípulos e instruí-los sobre o Reino, a sua glória fica ainda velada sob as aparências duma humanidade normal. A última aparição de Jesus termina com a entrada irreversível da sua humanidade na glória divina, simbolizada pela nuvem também e pelo céu, onde a partir de então, está sentado à direita de Deus. Só de modo absolutamente excepcional e único é que se mostrará a Paulo, numa última aparição que o constitui Apóstolo”. (CIC, n.º 659).

Durante os quarenta dias após ter ressuscitado, Jesus apareceu aos apóstolos várias vezes para confirmar sua fé na ressurreição. A tradição, fundamentada na Palavra de Deus, reverencia hoje a Ascensão do Senhor ao céu. Como verdade de fé, a Ascensão de Jesus é também a razão da nossa esperança: pela misericórdia do Senhor, seguiremos o mesmo caminho para o céu. Antes de sua Ascensão, Jesus deu aos apóstolos uma determinação muito importante: eles não deveriam começar a pregar o evangelho ao mundo até que tenham recebido “aquele que o Pai prometeu”, o Espírito Santo.

Ele também nos aconselha a não ajudar os outros no caminho da salvação sem buscar a ajuda do Espírito Santo. Quando se trata de ajudar as pessoas a progredir, por exemplo, pais com seus filhos, amigos entre si, e todos os batizados com seus semelhantes, é fácil acreditar ser nossa habilidade em evangelizar o que conta. Confiamos no poder de nossas palavras e esquecemos que somente o Espírito Santo pode trabalhar o interior das almas. A verdade é que somos apenas ferramentas do Senhor, porque é Ele quem muda o coração das pessoas, Ele quem converte. Uma janela não é a luz, mas oferece uma oportunidade da luz entrar e iluminar um cômodo da casa. De certa forma, esta é a nossa cooperação nas coisas de Deus. Também em nossas vidas pessoais, depositamos muita fé em nossas próprias forças. Na prática, confiamos muitas vezes mais em nós do que em Deus. É por isso que muitas vezes não conseguimos alcançar resultados positivos na evangelização das pessoas.

Entreguemo-nos ao Espírito Santo para buscar em nossas ações o que Deus deseja, e busquemos a ajuda da terceira pessoa da Santíssima Trindade. Isto sim é apropriado para nossa santificação e a santificação daqueles que desejamos ajudar. Habituemo-nos a rezar por aqueles que nos foram confiados: os pais pelos filhos e uns pelos outros.

Hoje celebramos o Dia Mundial da Comunicação Social. Este é um dia de oração pelos profissionais da comunicação, e pelos meios de comunicação, especialmente os “nossos”: o Complexo Luz e Alegria de Comunicações Radio Luz e Alegria AM e FM, a rádio Avenida, a rádio, o Jornal Luz e Alegria, a FWT, o Jornal Folha do Noroeste.

Dom Antonio Carlos Rossi Keller – Bispo de Frederico Westphalen