A Palavra de Deus gera vida!

Estimados Diocesanos! Pela graça de Deus, iniciamos neste domingo o mês de setembro, no qual celebramos o dia da Pátria, uma data tão importante para o nosso País, mas, infelizmente pouco comemorada pelo nosso povo. Muitas vezes tenho a impressão, talvez esteja enganado, e como seria bom se estivesse, que o nosso senso de pertença a esta nação anda bastante fragilizado. Temos muitas dificuldades em nos identificarmos e nos defrontarmos com as mazelas da nossa sociedade brasileira, que são visíveis em todas as regiões e realidades, urbanas e rurais.

Temos o velho hábito de esperar por um estado paternalista, que venha pôr ordem no quintal de casa e recolher o lixo que jogamos pela janela, ao invés de tomar uma atitude de cidadania e colocá-lo no devido lugar para ser recolhido, contribuindo com tal atitude para o bem comum e a mãe natureza, a nossa Casa Comum. Tudo aquilo que é de uso comum, parece destinado a ser destruído. Nós nos esquecemos que a cidadania responsável é o primeiro passo para a construção de uma grande nação, na qual as pessoas são tratadas com dignidade igual perante a lei e a justiça, mas também cuidam do patrimônio coletivo como se fosse pessoal.

Na vida da Igreja e de todos os fiéis, no Brasil, desde 1971, setembro é o “Mês da Bíblia”. Desde 1947, o último domingo deste mês é o Dia Nacional da Bíblia. É tempo especial dedicado à Palavra de Deus, que alimenta diariamente a nossa caminhada de fé. A Palavra de Deus, como princípio gerador de todas as coisas, expressão do amor infinito do Pai, da sua ternura e misericórdia pelo ser humano, às vezes tão “forte” e resistente diante do projeto de vida de Deus, e tão “frágil”, diante de seus próprios atos, ou dos projetos de morte que desenvolve, fazendo uso destorcido dos dons e da inteligência que Deus lhe deu, para favorecer a vida e sua dignidade.

A Bíblia, além de ser “a fonte pura e perene da vida espiritual” (DV, 21), é indispensável que ela seja “a alma da teologia, da pregação, da pastoral, da catequese e de toda a instrução cristã (DV, 24). Por isso devemos ter um contato íntimo e constante com os Livros Sagrados através da leitura assídua, do estudo e da meditação. “Porque desconhecer as Escrituras é desconhecer a Cristo” (São Jerônimo).”

Tende todos um bom domingo.

+ Dom José Gislon, OFMCap.

Administrador Apostólico de Erexim.