A política a serviço da vida e da paz
As eleições municipais estão se aproximando. Apesar dos contratempos da pandemia do Coronavírus, acontecerão em 1º turno no dia 15 de novembro, um Domingo após a nossa 77ª Romaria Estadual da Medianeira em Santa Maria – RS, dia 08 de novembro. Participar desse dever político e escolher, na liberdade e responsabilidade, aqueles que irão governar nossos Municípios, é de suma importância social e da democracia.
A Doutrina Social da Igreja ensina que “a política é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum” (Cf. Papa Francisco, EG, 205). “A boa política procura caminhos de construção de comunidade nos diferentes níveis da vida social…”( Fratelli Tutti, nº 182).
A Igreja Católica não faz política partidária, não tem candidatos, porém, considera sua missão orientar à luz da coerência com os valores que tornam uma sociedade mais humana, pois, como cristãos e cidadãos, assumimos a responsabilidade e a tarefa de trabalhar para o bem de toda a sociedade em todas as dimensões.
Sabemos que o voto consciente é um grande instrumento para mudanças sociais e políticas numa sociedade. Por isso, os cristãos leigos e leigas, são incentivados a escolher e votar em candidatos idôneos e comprometidos com a vida e o bem de todos. Que cada eleitor procure informar-se, através de fontes seguras, sobre o candidato no qual pretende votar e ver se suas propostas correspondem à realidade do Município, especialmente, à população em situação mais vulnerável.
“Lembremo-nos de que as eleições municipais têm relevância particular, pois vivemos na cidade e nela são aplicadas as políticas públicas que têm mais impacto no contexto do bem comum. A escolha dos prefeitos e vereadores pode ser determinante para processos de superação da desigualdade social e melhor qualidade de vida para todos” (Mensagem dos Bispos do Rio de Janeiro, 2020).
Pedimos que as lideranças de nossas Paróquias e Comunidades Católicas não permitam a veiculação de propaganda eleitoral nos espaços das comunidades católicas. Que nenhum eleitor utilize seu voto como objeto de troca para favorecimento pessoal ou de grupos.
Sempre acreditamos que a política está a serviço da vida, do progresso e da paz. A boa política fortalece a esperança e faz olhar o futuro com confiança de dias melhores.
Dom Hélio Adelar Rubert – Arcebispo de Santa Maria