AS TRÊS PENEIRAS
+ Hélio Adelar Rubert – 03/08/2019
Conta-se que certa vez um rapaz procurou Sócrates e lhe diz:
– Escuta, tenho que te contar algo importante a respeito de teu amigo!
– Espere um pouco, interrompeu o sábio. Já fizeste passar aquilo que queres me contar pelas três peneiras?
– Três peneiras? Que queres dizer?
– Sim. Vamos peneirar aquilo que queres me dizer.
– Escuta bem, diz Sócrates:
– A primeira é a peneira da VERDADE. Estás convicto de que tudo o que queres me dizer é verdade?
– Não exatamente, somente ouvi dos outros.
– Mas, então, certamente o fizeste passar pela segunda peneira que é a peneira da BONDADE?
O homem ficou ruborizado e respondeu:
– Devo confessar-te que não.
Continuou Sócrates:
– E pensaste na terceira peneira? Será que é útil o que queres falar-me a respeito do teu amigo? A terceira peneira é a da UTILIDADE.
– Útil? Na verdade, não.
– Vês, disse-lhe o sábio, e continuou: – Se aquilo que queres me contar não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então, é melhorar que guardes somente para ti.
Esta história, espalhada pela internet, traz uma conclusão que poderá ser útil para qualquer pessoa, de qualquer idade ou classe social: sempre que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras, isto é, da Verdade, Bondade e Utilidade.
Antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, vejamos se passa pelo crivo das três peneiras. Este é um critério de sabedoria.
Pelas Redes Sociais, às vezes, passam muitos boatos, fofocas e inutilidades que não ajudam a construir a harmonia, a paz e a fraternidade.