Bispos do RS avaliam primeiros dias e partilham expectativas para a 61ª Assembleia Geral da CNBB
Na terça-feira, 09, a comitiva do Rio Grande do Sul partiu de Porto Alegre rumo a Aparecida (SP), para a 61ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Iniciada na manhã do dia 10 (quarta), a AG se estende até o dia 19 de abril e tem como tema principal a realidade da Igreja no Brasil e a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.
O grupo do Rio Grande do Sul integra 17 bispos titulares – entre eles os 4 arcebispos, além de 3 bispos auxiliares, o administrador diocesano de Rio Grande e 3 bispos eméritos: dom Antonio Carlos Altieri, dom Alessandro Ruffinoni e dom Paulo Antônio De Conto, atualmente Administrador Apostólico de Cascavel. Também participam o Pe. Rogério Alencar Ferraz de Andrade, Secretário Executivo; e a jornalista e assessora de comunicação, Victória Holzbach.
Neste grupo, além do Pe. Rogério, outros dois participantes estão pela primeira vez na Assembleia Geral e partilham suas expectativas para estes dias. Pe. Gil Raul Pereira Júnior, administrador diocesano de Rio Grande, relata que se sente alegre pela oportunidade de conhecer o espaço e viver na prática a comunhão da Igreja no Brasil:
A experiência de participar desta 61ª Assembleia Geral da CNBB está sendo algo fantástico, pois dá uma imagem global da Igreja Católica no Brasil, com suas diferentes realidades eclesiais. Nesses dias estou percebendo como é lindo fazer parte da história da Igreja em nossos tempos, dentro de uma perspectiva sinodal. Agradeço a Deus por essa experiência, destaca.
Quem também está pela primeira vez na Assembleia é o Bispo Auxiliar de Porto Alegre, dom Odair Miguel Gonsalves dos Santos. Dom Odair assumiu na Arquidiocese no fim do ano passado e, por isso, ainda não havia participado de uma AG CNBB. Para ele, a beleza está especialmente na riqueza da partilha e da pauta prevista para discussão nas 28 sessões destes 10 dias.
“Esse momento é de muita espectativa, um momento novo e rico de partilhas. Tendo conhecimento da agenda da 61ª Assembleia Geral, percebo assuntos de suma importância. Acredito que a Assembleia dará uma grande contribuição para a caminhada da Igreja do Brasil. Uma Igreja sinodal, aberta à escuta ao Espírito Santo, em dar uma resposta criativa ao momento presente, afirma dom Odair.
Retiro: a espiritualidade da comunhão e da missão
Nestes dois primeiros dias, a 61ª AG CNBB propôs ao episcopado um retiro espiritual, ministrado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin. Durante a quarta e quinta-feira, os bispos brasileiros refletiram “O Caminho Sinodal” por meio de pregações, momentos de reflexão pessoal e também de confissão sacramental.
O Arcebispo de Passo Fundo, dom Rodolfo Weber, lembra que o momento “propõe a cada um colocar-se na presença de Deus e escutar o que Ele tem a dizer, pelo Espírito Santo, para depois tomar decisões conforme a vontade de Deus”. A novidade deste momento é que antes era realizado no fim de semana, normalmente após quatro ou cinco dias de assembleia e agora passou a abrir os dias da AG. Segundo dom Adimir Mazali, de Erexim, isso foi um grande acerto:
O retiro no início da assembleia evidencia e fortalece a certeza de uma Igreja que vive e age guiada pelo Espírito Santo. Ajuda-nos a discernir as reais necessidades a que devemos responder com as novas diretrizes da Igreja no Brasil.
Saiba mais sobre o retiro e acompanhe as reflexões do cardeal Pietro Parolin, clicando aqui.
Para esta sexta-feira (12), a pauta prevê a apresentação das análises de conjuntura eclesial e social e, ainda, o início dos trabalhos de atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, a partir da metodologia da conversação espiritual, ou “diálogo no Espírito”, através das mesas sinodais.
CNBB Sul 3