Catequista: especialista na arte de acompanhar

O último domingo do mês vocacional, o dedicamos aos catequistas. Como neste ano temos cinco domingos é dedicado aos catequistas.

Quero trazer aqui a palavra da recente publicação do Diretório da Catequese, emanado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, que mostra a importância desse ministério.

“No conjunto dos ministérios e serviços, com os quais a Igreja cumpre a sua missão evangelizadora, o ‘ministério da catequese’ ocupa um lugar significativo, indispensável para o crescimento da fé. Esse ministério introduz à fé e, juntamente com o ministério litúrgico, gera os filhos de Deus no seio da Igreja. A vocação específica do catequista, portanto, tem sua raiz na vocação comum do povo de Deus, chamado a servir o desígnio salvífico de Deus em favor da humanidade” (110).

Bastaria isso para os catequistas sentirem-se animados e encorajados a seguir com alegria e esperança nessa nobre missão.

No número seguinte mostra a responsabilidade da comunidade: “toda a comunidade cristã é responsável pelo ministério da catequese, mas cada um conforme sua condição particular na Igreja: ministros ordenados, pessoas consagradas, fiéis leigos. O serviço do catequista é vivido dentro de uma comunidade, que é o primeiro sujeito de acompanhamento na fé” (111).

Em seguida fala dos protagonistas da catequese: “O catequista é um cristão que recebe o chamado particular de Deus que, acolhido na fé, o capacita ao serviço de transmissão da fé e à missão de iniciar à vida cristã… O verdadeiro protagonista, porém, de toda autêntica catequese é o Espírito Santo que mediante uma profunda união que o catequista nutre com Jesus Cristo, faz eficazes os esforços humanos na atividade catequética.

Depois de afirmar que o catequista é testemunha da fé e guardião da memória de Deus; mestre e mistagogo; especifica que o catequista é um especialista na arte do acompanhamento, tem competências educacionais, sabe ouvir e entrar na dinâmica do amadurecimento humano, torna-se companheiro de viagem com paciência e senso de gratuidade, na docilidade à ação do Espírito, em um processo de formação, ajudando os irmãos a amadurecer na vida cristã e a caminhar em direção a Deus (cf 112).

Fica clara importância do ministério da catequese. Na comunidade cristã os catequistas merecem todo nosso apoio e gratidão. Reconhecemos que é muito pouco destacarmos um dia por ano para homenageá-los e rezar por eles. Precisamos estimá-los mais, valorizá-los mais e ajudá-los mais para que, continuamente atualizados e formados, possam exercer sempre melhor esse indispensável serviço de iniciar crianças e jovens à fé em nossas comunidades.

Queridos catequistas não desanimem! Coragem, sejam perseverantes e persistentes! Ele vos recompensará em cêntuplo!

Para refletir:

Que lembrança tenho dos catequistas que me iniciaram à fé cristã e que me prepararam para receber os sacramentos? Reconheço sua dedicação e atenção que tiveram comigo e com o grupo? Já agradeci alguma vez? Que apoio dou aos que prestam esse serviço para meus filhos, hoje? Se a comunidade me pedisse de assumir esse ministério, o que responderia?

Textos bíblicos: Jr 20, 7-9; Rm 12, 1-2; Mt 16, 21-27; Sl 62(63).

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo Diocesano de Osório