Comunhão e Sinodalidade: Assembleia do Cone Sul é concluída em Brasília
A Assembleia Regional do Cone Sul, na etapa continental do Sínodo, realizada em Brasília (DF), chegou ao fim nesta sexta-feira (10). Reunidos durante toda a semana, desde segunda (06), os participantes do encontro vivenciaram a experiência de unidade e sinodalidade, entre diferentes rostos e nacionalidades.
O processo do sínodo envolve toda a Igreja no Brasil desde 2021 e agora chegou em sua etapa continental. Para sistematizar este caminho, o CELAM promoveu na América Latina quatro assembleias regionais para ouvir atentamente cada grupo. Foram quatro semanas de intenso trabalho, conversa espiritual e discernimento comunitário.
Do Regional Sul 3, participaram do encontro em Brasília a Secretária Executiva da CNBB Sul 3, Sandra Zambon, que integra a Equipe de Animação do processo do Sínodo no Brasil; dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB; dom João Francisco Salm, bispo de Novo Hamburgo e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB; e pe. Jonison Mallmann, coordenador de pastoral de Uruguaiana, além de outros convidados.
A Assembleia do Cone Sul
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Joel Portella Amado, afirmou, na Coletiva de Imprensa de balanço da Assembleia Regional do Cone Sul e da Etapa Continental do Sínodo dos Bispos 2021-2024, que o Brasil também está aprendendo a viver o Sínodo no processo rico e desafiador proposto pelo Papa Francisco para a Igreja.
O secretário-geral da CNBB afirmou que a Assembleia do Cone Sul não foi um encontro de peritos e expertos em Igreja, mas de irmãos e irmãs. “Isto é a grande lição. Conversando com muitos dos representantes dos grupos brasileiros, vimos que foi uma grande aula de sinodalidade. Porque comunhão e sinodalidade só se aprende fazendo”, disse.
Dom Joel enalteceu a participação na Igreja no Brasil na fase diocesana. “Na primeira etapa, tivemos a participação de 97% de 279 de nossas Igrejas Particulares. Dos três por cento que não participaram, foi por questões relacionadas a mudanças de bispos”, disse. O secretário-geral afirmou que o número expressa uma adesão integral da Igreja no Brasil, um dos países com o maior número de dioceses do mundo.
Ele destacou ainda que 62% das dioceses brasileiras enviaram sua síntese em preparação à etapa continental o que, em sua avaliação, é também um número satisfatório, considerando que o envio se deu num tempo em que no país vive-se o Natal, o Ano Novo e as férias.
Próximos passos
Haverá uma reunião da Equipe para a Fase Continental com delegados para a redação da Síntese Continental, de 17 a 20 de março, em Bogotá, na Colômbia. E, de 21 a 23 de março, os secretários-gerais, de forma presencial, e os presidentes das Conferências Episcopais, de forma virtual, vão reler colegialmente a experiência sinodal vivida com base no seu carisma e responsabilidade específicos, mas respeitando o processo realizado e sendo fiéis às diferentes vozes do Povo de Deus.
Este documento será enviado, até 31 de março de 2023, à Secretaria Geral do Sínodo para constituir, juntamente com os dos outros seis continentes, a base do Instrumentum Laboris da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá a sua primeira sessão em outubro deste ano e a sua segunda sessão em outubro de 2024.