Corpus Christi no Parque da Romaria

Dom Remídio José Bohn – Bispo da diocese de Cachoeira do Sul

O tempo pascal nos pôs diante dos olhos a unidade da obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Cristo veio cumprir a obra do Pai e nos deu seu Espírito. Neste domingo celebramos a festa da Trindade, una e santa. Deus uno e trino se apresenta como o modelo de Comunhão para todos.

Na próxima quinta-feira a Igreja celebra a solenidade de Corpus Christi.Nesta solenidade do Corpo de Deus fazemos a memória dos atos redentores de Cristo, que culminam na sua paixão, morte e ressurreição e atualizam-se na Eucaristia, celebrada pelo Povo de Deus e presidida pelo ministro ordenado.Realizamos o que Ele nos mandou na última Ceia: “fazei isto em memória de Mim”.

A Eucaristia faz a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia. Ela é para nós dom de Cristo dado à sua comunidade.A Eucaristia como memória da Páscoa é a ceia da nova e eterna aliança, centro da vida e da missão de Jesus entre nós. Ela está no coração da “iniciação cristã”, juntamente com o Batismo e a Confirmação, e constitui a fonte da vida da Igreja. Deste sacramento de amor, parte cada caminho autêntico de fé, comunhão e testemunho.

Queremos, por isso, agradecer a Deus por este tão grande dom, que o Senhor deu à sua Igreja. Seguiremos Jesus realmente presente na Eucaristia. A Hóstia é o nosso maná, mediante a qual o Senhor se dá a Si mesmo que, segundo o Papa Francisco,“não é um prêmio para os bons, mas a força para os débeis e os pecadores, o viático que nos ajuda a andar, a caminhar”.

Na próxima quinta-feiracelebraremos juntos esta solenidadeno nosso Parque da Romaria. O primeiro ato é o de reunir-nos na presença do Senhor, celebrando a Eucaristia, junto ao altar monumento. O segundo momento constitutivo é o de caminharmoscom o Senhor. É a procissãoque segue sobre os tapetes, ornamentados pelo carinho das paróquias da cidade, para adorar e agradecer a quem deu sua Vida como alimento para todos nós.

Assim, lembramos e proclamamos que Ele veio fazer de nós uma comunidade de pessoas solidárias, eucarísticas, que se amam, se ajudam e vivem em união e partilha. Saímos do templo, para cantar o que somos e o que somos chamados a realizar na sociedade e na Igreja.

Isto nos leva a partilhar com o irmão que sofre,em gesto solidário, trazendo alimentos não perecíveis, que serão recebidos e distribuídos pelas pastorais sociais de nossas paróquias.

 

 

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