Depois de dias de chuva, um domingo de sol esplêndido na Romaria de Fátima em Erechim
O último domingo, dia 13, foi de sol esplêndido depois de dias de chuva que impediram durante duas noites a missa no altar campal na 73ª Romaria de Fátima em Erechim. Já na véspera, dia 12, solenidade da Bem-Aventurada Virgem da Conceição Aparecida, havia sido de tempo bastante favorável para a Romaria das Crianças e para as quatro celebrações do último dia da novena.
A Romaria deste ano, cujo lançamento foi no dia 13 de maio, coincidindo com a primeira aparição de N. Sra. em Fátima, Portugal, foi realizada na coincidência da sua última aparição há 107 anos naquele local, no contexto da primeira guerra mundial.
Pe. Clair Favreto, Pároco da Catedral São José, motivou a procissão as 9h, seguida de missa campal, presidida pelo bispo diocesano, dom Adimir Antonio Mazali, concelebrada por 9 padres, com participação de diversos diáconos, muitos ministros e outros milhares de devotos de Maria. Coroinhas e acólitos marcaram presença especial nessa celebração, bem como na Romaria das Crianças e na procissão e missa de cada noite da novena.
Nas motivações para os cantos, reflexões e dezenas do terço ao longo da procissão, Pe. Clair destacou o tema da novena e da Romaria, “Maria, Mãe do silêncio, da escuta e da oração” e o lema, “a minha alma engrandece o Senhor”, do hino de Maria; lembrou diversos aspectos da realidade, como as recentes enchentes no Estado e outras tragédias climáticas e sociais, o Mês das Missões, a assembleia do Sínodo dos Bispos em andamento em Roma sobre a sinodalidade, a característica penitencial da procissão com o pedido de perdão a Deus, algumas romarias realizadas neste mesmo domingo ou na véspera no Estado e no Brasil, a preparação do Jubileu 2025, neste ano, aprofundando a oração do Pai Nosso, cujas partes foram o enfoque de cada dia da novena.
Homilia
Dom Adimir iniciou a reflexão dizendo que a Romaria é oportunidade de encontro com Maria e com ela com seu Filho Jesus, neste ano de preparação ao Jubileu 2025 com oração mais intensa e meditação do Pai Nosso. Recordou o tema e o lema do evento deste ano. Ressaltou a importância do silêncio para se ouvir a voz de Deus, a exemplo de Maria e fez referências às intenções gerais, a oração ensinada por Cristo e pedida por Maria em Fátima, a amizade social com pedido pela paz superando as guerras e a violência, a saúde e os recursos clínicos necessários para os enfermos.
Comentando a liturgia diária, ressaltou que a figura de Ester, na primeira leitura, que pede ao Rei por sua própria vida e a do povo, prefigura a de Maria que em Caná da Galileia intercede junto a seu Filho porque estava faltando o vinho. E ela recomendou aos que serviam que fizessem tudo o que Ele viesse a dizer. Em relação à segunda leitura, Maria com os discípulos no Cenáculo em oração aguardando a vinda do Espírito Santo, destacou a vida das primeiras comunidades cujos participantes eram perseverantes na Palavra, na oração, na partilha do pão e na Eucaristia. Maria as acompanhava como acompanha a todos ao longo da história.
Dom Adimir também destacou o Mês das Missões e que todos são missionários a partir do Batismo. Ressaltou a participação na romaria da parte de muitos para agradecer as graças alcançadas e da parte de outros para dirigir a Deus, por meio de Maria, pedidos por necessidades diversas. Enfatizou que Deus acompanha sempre a todos, não esquecendo de ninguém e concluiu convidando a todos a cada dia dizer como e com Maria “a minha alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus meu Salvador”.
Com informações da Diocese de Erexim