Dia mundial das vocações

Durante esta longa pandemia, um trabalho que teve particular dificuldade foi a promoção vocacional, porque este esforço especial do Pe Ariel, das Irmãs Angélicas e do Movimento Serra de nossa diocese depende muito das visitas às paróquias, aos coroinhas e aos grandes encontros de animadores vocacionais e encontros de coroinhas e acólitos, em âmbito diocesano.

Ainda bem que não cessaram os retiros vocacionais, realizados pelos nossos padres do Seminário Betânia, com os jovens dos movimentos e grupos paroquiais que têm nos trazido excelentes vocações especialmente para o Propedêutico e também meninas para as diferentes Congregações Religiosas. O trabalho vocacional não parou, mas certamente, depois da presente pandemia, vai receber um renovado incremento.

Enquanto isso, a liturgia deste quarto domingo nos apresenta o discurso de Pedro, diante da cura do paralítico, em que assim se expressa: “Ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel. É pelo nome de Jesus Cristo que este homem está curado diante de vós. Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que se tornou pedra angular” (At 4,10-11).

Esta pedra angular da Igreja e de toda a vida cristã é Jesus Cristo vivo e ressuscitado. Ele que foi rejeitado na cruz, desprezado na sua paixão e preterido pelo povo que gritava o nome de Barrabás e não o de Jesus. Para poder ressuscitar foi essencial sua condenação à morte e morte de cruz. Assim a pedra rejeitada tornou-se a padre angular.

Na segunda leitura, São João volta a insistir no grande presente que nós todos recebemos, em sermos chamados filhos de Deus e nós o somos de fato! E como filhos de Deus, somos chamados: – Ovelhas do único e grande pastor!

Este pastor é Jesus Cristo. Ele falou abertamente:  “Eu sou o bom pastor. Ele dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. É apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor” (Jo 10,11-14).

Nós precisamos autênticas vocações, jovens que de fato se sintam chamados para continuar este trabalho do Pastor, que possa cuidar das ovelhas de Jesus Cristo.

Dom Zeno Hastenteufel – Bispo Diocesano de Novo Hamburgo