Dicas de Leitura

DICAS DE LEITURA

O Novo Humanismo

Ao inaugurar-se o terceiro milênio, um incômodo mal-estar, generalizado e insistente, se alastra pelas relações econômicas que privilegiam um seleto grupo de bilionários e condena milhões à pobreza e à miséria. O sistema político de participação democrática está ameaçado por toda sorte de movimentos reacionários que prezam a morte e o incremento da violência como regimes legítimos. As novas tecnologias têm se mostrado ambíguas: ao mesmo tempo em que ampliam possibilidades, também dão espaço a formas de sociabilidade calcadas em toda sorte de violência. A destruição ambiental chegou ao ponto em que a própria vida no planeta começa a ficar ameaçada. Este mundo em escombros se tornou ainda mais distópico com a chegada da pandemia. Todos esses velhos temas mencionados ganharam nova intensidade. Eles têm uma presença teimosa, como fantasmas do passado que já se imaginavam superados, mas que persistem e agora assombram ainda mais. Contudo, na voz quase solitária do papa Francisco, o verde da esperança começou a brotar neste mundo pintado em branco e preto. Discursos e atitudes do papa contrastam intensamente com o cenário atual e sugerem a possibilidade de uma nova forma de vida. Um mundo em que a morte não tenha a última palavra. Em lugar da exclusão e da miséria, o papa propõe um novo humanismo. Em lugar da destruição do planeta, Francisco propõe o cuidado com a “casa comum”. O novo humanismo põe no centro a vida. Todas as formas de vida. Tudo está interligado. Organizadores: Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, Claudemir Francisco Alves, Robson Savio Reis Souza, Adriana Maria Brandão Penzim (org)

Simplesmente José

Neste romance em primeira pessoa baseado na vida de São José, o artesão de Nazaré, chamado por Deus para ser esposo de Maria, pai adotivo de Jesus e guardião da Sagrada Família, narra ao leitor sua história – uma história de fé e obediência, guiada pelo mistério e marcada pela luz e amor divinos. Para reconstruir a vida desconhecida do pai de Jesus, o autor se baseia nos textos bíblicos, nos livros apócrifos e em uma ampla literatura josefina, apresentando-nos um José extremamente humano e sensível. Sem deixar de aprofundar elementos teológicos e espirituais ligados ao santo padroeiro da Igreja católica, o autor constrói uma narrativa leve e informal, ao mesmo tempo que promove uma imersão na cultura da época e resgata valores fundamentais da família. Autor: Frei Darlei Zanon

Coleção Ecclesia digitalis

A PAULUS Editora lança este mês a coleção “Ecclesiadigitalis” (Igreja digital), que procura oferecer sugestões e subsídios pastorais, especialmente no âmbito da pastoral da comunicação, que favoreçam a vivência da fé e a adaptação da vida eclesial na cultura da comunicação e no ambiente digital. Simultaneamente foram publicados na mesma coleção os livros: Comunicar o Evangelho, do Frei Darlei Zanon, religioso paulino. O livro apresenta um panorama histórico da relação da Igreja com a comunicação, não apenas a história recente, marcada pelos meios digitais e eletrônicos, mas todos os seus dois milênios de existência, pois desde sua origem a Igreja usou todos os meios disponíveis para cumprir sua missão de comunicar o Evangelho, de dar Jesus ao mundo. Esperançar – A missão do agente da Pastoral da Comunicação, de Marcus Tullius, coordenador nacional da PASCOM. Esperançar é missão de todo cristão, mas é, por excelência, a missão do agente da Pastoral da Comunicação. Mais do que um trabalho técnico, é uma dádiva de Deus poder transmitir uma mensagem-Pessoa: Jesus Cristo. Este livro quer dar impulso aos agentes da Pascom em sua vivência da espiritualidade como base para sua atuação na Igreja. Como Ecclesia digitalis, precisaremos intensificar ainda mais nossa intimidade com Deus e vivê-la de forma testemunhal em nossas  comunidades off -line e on-line. Catequese digital – Por onde começar?, de Aline Amaro da Silva. O livro oferece um caminho de compreensão das mudanças humanas, culturais, comunicacionais e teológicas que a realidade atual traz como desafio e oportunidade para a catequese. A reflexão é dividida em seis eixos temáticos: Cultura Digital, Ciberteologia, Gerações Digitais, Cibergraça, Missão Evangelizadora e Catequese Digital.

Sob o Olhar de Guadalupe

A Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe no México é o santuário mariano mais visitado do mundo, reunindo, anualmente, milhões de peregrinos. Lá está exposta a sagrada imagem impressa na veste de Juan Diego em 1531, que se conserva intacta e contém mistérios que desafiam a ciência. Essa foi a primeira aparição de Nossa Senhora reconhecida oficialmente pela Igreja. O evento guadalupano permitiu a inculturação da fé cristã em meio ao choque civilizacional entre astecas e espanhóis. Este livro recupera os dados da aparição para interpretá-los segundo a ótica da espiritualidade mariana, valorizando a beleza e a teologia desse acontecimento que alcançou uma multidão de pessoas em diferentes épocas. Seu conteúdo instigou índios, clérigos, artistas, cientistas e críticos a prestarem mais atenção aos sinais do céu que marcam a terra. Autor: Dom Leomar Antônio Brustolin

Nossa Senhora de Todos os Nomes

“Alegre-se, cheia de graça, o Senhor está com você!” (Lc 1,28) Com essas palavras Lucas nos mostra como uma jovem da Galileia foi convidada a fazer parte do projeto salvífico de Deus e ajudou a transformar a história da humanidade. Era uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José, diz o evangelho. E o seu nome era Maria. Simplesmente Maria. Mas, então, por que será que esta jovem passou a ser conhecida por tantos nomes diferentes? Cada nome de Maria reflete um lugar, um contexto, uma história, uma devoção. Para recuperar e conservar essa grande riqueza, Frei Darlei Zanon pensou em reunir todos esses títulos em um livro, enfatizando a sua origem e tradição e propondo uma oração para que a nossa aproximação a Maria, e por ela ao seu Filho Jesus, seja sempre mais intensa e frutífera. E assim nasceu o livro “Nossa Senhora de todos os nomes”. Autor: Frei Darlei Zanon
 

Acídia

Esta obra de espiritualidade de São Gaspar Bertoni, fundador da ordem dos estigmatinos, embora destinada aos religiosos da congregação que ele fundou, pode ser lida com proveito por qualquer pessoa, de vida religiosa ou não, de qualquer congregação, pois trata da preguiça, um dos pecados capitais. Diz o autor que esse pecado é causa de vários outros, numa imperceptível cadeia de quedas progressivas que levam ao desânimo, às falsas justificativas, a perigosas relativizações das exigências de uma espiritualidade séria, que pede moderação em tudo, constante prática da caridade e da oração, alimentação contínua da fé. Autor: São Gaspar Bertoni

Os Sete pecados capitais à luz da psicanálise

Os sete pecados parecem ter inspirado a brincadeira popular de que “tudo o que é gostoso”, ou faz mal ou é pecado. Mas não se trata só disso. Daí, o que nos importa destacar neste livro é a relação entre cada um dos sete pecados e o que Lacan nomeou de gozo – evidentemente, com base no canônico Além do princípio do prazer, de Freud. O gozo é aquilo que se obtém ao atravessar a barra que limita nossa liberdade, em face da dignidade do outro, dos outros. O autor deixa para incluir essa consideração no último capítulo. Embora “gozo” seja o termo popularmente usado para designar o orgasmo, em Lacan o gozo é aquilo que ultrapassa tanto os prazeres permitidos quanto aqueles os que algumas religiões e diferentes códigos culturais proíbem. Gozo é o que atravessa a barra da castração simbólica que limita nossos excessos. Claro que a menção à teoria lacaniana para abordar o cânone bíblico é extemporânea, mas ajuda a revelar o que sempre esteve ali – ou “aqui”. As perversões flertam com o gozo – e, às vezes, chegam lá. O perverso se coloca em posição de exceção diante da barra que nos limita diante da dignidade e da liberdade do outro. A violência e os ódios, motivadores de outros pecados, também. Faço menção às liberdades extra-acadêmicas a que William Castilho recorre como a de tomar depoimentos de amigos, correndo o risco de ser acusado de falta de rigor. Ora, estamos aqui no campo da moral, das práticas de linguagem e, também, da ideologia. É preciso arriscar. A forma de rigor mais absoluta que conhecemos, como todos sabem, é o rigor mortis. O texto que aqui se apresenta é muito vivo. Autor: William Cesar Castilho Pereira

Dicionários de Cultura e Paz: é tempo de repensar caminhos

Nessa perspectiva, o Pe. Paulo Nodari e o Dr. Luiz Síveres, organizaram o Dicionário de cultura de paz, Volumes 1 e 2, com mais de duas centenas de colaboradores e colaboradoras de diversas áreas do saber e de diversas Instituições de Ensino Superior.Em tempos tão difíceis como o atual, sem sombras de dúvida, pensar projetos e caminhos de paz e  de encontro torna-se uma urgência imprescritível e imprescindível. A paz não é um estado já dado, naturalizado e estabelecido, mas um processo a ser instaurado e construído por nós. Desse projeto não somos clientes ou beneficiários, mas sujeitos e colaboradores. A postura propositiva de construção de uma cultura e paz e de encontro, por meio do diálogo e do respeito, precisa perpassar e penetrar a atitude de todas as pessoas e de todas as organizações e instituições, sejam elas quais forem, militares, sociais, econômicas, políticas, religiosas, educacionais. Autores: Luiz Síveres e Paulo César Nodari