Domingo da Palavra de Deus
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! A Igreja, que é mãe e mestra, nos convida para meditarmos, através da Palavra de Deus, sobre a nossa missão como cristãos no mundo. Cristãos que alimentam a vida de fé com o pão da Palavra e o pão da Eucaristia, para continuar a peregrinação de povo de Deus a caminho da casa do Pai.
A Palavra de Deus, quando é escutada e acolhida no coração, transforma a nossa vida, nos ajuda a percorrermos um caminho de conversão, porque podemos perceber o quanto estamos longe da lei de Deus. Através da sua Palavra, o próprio Senhor se manifesta e revela quem ele é, e o que deseja do povo que está a caminho. Esperando que esse o escute atento, e o acolha com alegria, para formar um único corpo em comunhão com Ele. Este corpo é formado por muitos membros, numa relação de serviço entre eles, tendo cada um uma importante função para a edificação do bem comum, na Igreja, comunidade de fé, onde todos louvam a Deus e se alegram juntos.
Como cristãos, devemos ter consciência de que fazemos parte de uma comunidade de fé. Se não temos consciência de que pertencemos a uma Igreja, tudo aquilo que diz respeito à vida de fé, ou ao compromisso com a comunidade, se torna para nós um peso, em vez de ser um motivo de alegria poder encontrar os irmãos e irmãs, que conosco se reúnem para louvar e agradecer ao Senhor.
Quando acolhemos a Palavra de Deus, como é pronunciada ao nosso coração, para a nossa vida, na realidade de hoje, ela frutifica, alimenta a nossa vida de fé, nos fortalece na caminhada de povo de Deus, mantém acesa no nosso coração a chama da esperança, nos momentos bonitos, mas também naqueles de provações que a vida nos apresenta, muitas vezes de forma dura e inesperada.
Na familiaridade com a Palavra de Deus, podemos perceber uma história de amor de Deus com a humanidade. Uma história de amor marcada pela ternura, compaixão e misericórdia, de proximidade do divino na fragilidade humana. Uma proximidade que cura os corações feridos, alimenta a esperança nos corações desanimados, e fortalece o espírito daqueles que se deixam tocar pela mão divina no peregrinar da realidade humana.
+ Dom José Gislon, OFMCap. – Bispo Diocesano de Caxias do Sul