Entramos no mês das Missões

O início do mês de outubro este ano é um pouco diferente. Não temos eleições, mas todos sabem que o clima já é pré-eleitoral. De todos os lados vêm as notícias e até as pesquisas eleitorais já estão no noticiário.

Enquanto isso, nós católicos estamos entrando no mês das missões. É o grande trabalho da evangelização. Depois de um mês vocacional, e depois o mês da Bíblia, agora nos ocuparemos da dimensão missionária da Igreja. Esta é originária, porque a primeira grande palavra que os discípulos ouviram no daí da ascensão do Senhor, Ele falou: “Ide ao mundo inteiro, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,18).

Neste primeiro domingo do mês missionário, a nossa liturgia nos apresenta a criação do homem e da mulher, os verdadeiros missionários do Novo Testamento.

A “criação da costela” é uma linguagem simbólica, mas que deseja nos provar que homem e mulher deveriam ser como, no corpo humano, as duas costelas que, juntas, formam um lar, guardando lá o coração que é a sede do amor.

A grande tarefa que o Senhor entrega aos seus discípulos é a organização da família, segundo o modelo novo, monogâmico e indissolúvel. Há quem argumente, mas Jesus: “Moisés permitiu o divórcio, mas foi por causa da dureza de vossos corações que Moisés agiu assim. No começo não foi assim: Ele os fez homem e mulher e por isso o homem deixará o seu pai e sua mãe e se unirá a sua esposa e os dois serão uma só carne. Portanto, o que Deus uniu o homem já não pode separar” (Mc 10, 5-9).

O matrimônio cristão é um sacramento que precisa ser bem preparado, para que os dois realmente estejam preparados para assumir todas as responsabilidades e conseqüências de um casamento.

Certamente, este é um dos mais graves problemas de nosso tempo. A infelicidade de muitas pessoas está diretamente relacionada à falta de preparação para a vida matrimonial e familiar. A iniciação é precoce, não há amadurecimento vocacional, jovens começam a vida conjugal sem terem convicções e sem terem trabalhado a questão vocacional. Precisamos esclarecer as nossas famílias e aos nossos jovens que descobrir a própria vocação é essencial para a felicidade.

         Dom Zeno Hastenteufel – Bispo Diocesano de Novo Hamburgo