Moçambique: Missionários participam de curso de inculturação
A missão é ir ao encontro, sair de si. A vida é missão! A missão parte do coração e dirige-se ao coração, na experiência com Jesus Cristo!
Entre os dias 3 e 29 de fevereiro a equipe missionária de Moma, em Moçambique, participou do curso de inserção para missionários recém chegados no país. O curso aconteceu no Centro Catequético Paulo VI – Anchilo, em Nampula.
No curso estavam presentes 23 participantes, dentre esses religiosas, religiosos, leigas, leigos e padres de dioceses e congregações que tem projetos de missão na Arquidiocese de Nampula e Nacala, principalmente.
Os missionários vêm de vários lugares do mundo, tais como: Polônia, Equador, Colômbia, Portugal, Congo, Espanha, Indonésia, Filipinas, China, Uganda, Itália e, Brasil, é claro. Além da presença dos missionários migrantes, estavam também 8 seminaristas que já concluíram sua formação e estão à espera do estágio e ordenação diaconal. De acordo com o arcebispo de Nampula, a presença deles no curso se dá porque, após a formação dos seminários (que é realizada em Maputo, na capital do país), os seminaristas voltam às suas paróquias já esquecidos de muitas vivências da sua cultura e, posteriormente, como padres, sentem dificuldade em trabalhar junto ao seu povo, nas redes de comunidades que formam a arquidiocese.
Neste curso, todos os dias, os missionários puderam estudar a Língua Makua, língua local de Nampula. O esforço para aprender é necessário, pois é através da língua que se aproxima cada vez mais das pessoas e das suas realidades. As celebrações eucarísticas e formações nas comunidades também são realizadas em Makua.
Após as aulas de Makua, vários temas foram trabalhados, a fim de explicar a história do país, a realidade da educação, saúde, política, economia, aspectos sociais, bem como tudo aquilo que se refere ao modelo de Igreja, que é ministerial, contando muito com a liderança dos leigos, dadas as longas distâncias e carência de padres ou religiosos que colaboram na missão.
Cada povo, cada cultura tem suas crenças específicas, tem uma maneira muito fundamentada para se relacionar com Deus. Os missionários são estrangeiros, por isso devem sempre “descalçar as sandálias”, viver e conhecer sem julgar. Testemunhar a fé e promover sempre a vida. A leiga missionária Maria Isabel expressa: “Longe de ser melhor, longe de ser maior. Do contrário, somos nós os pequenos, nós a minoria e somos agradecidos, todos, por sermos acolhidos com alegria pelo povo Makua. Que a Igreja seja sempre viva e promova a vida. E que cada um possa sentir-se missionário onde está, vendo, sentindo compaixão e cuidando uns dos outros”.
É valioso lembrar sempre que a missão é a característica essencial da Igreja e a Igreja é por sua natureza missionária!
Fonte: Equipe Missionária de Moma