Iniciação à Vida Cristã: O eixo unificador da Ação Evangelizadora
A Igreja no Brasil se vê chamada a ser uma mãe fecunda, gerando novos filhos na fé cristã. Para cumprir essa missão, é crucial reafirmar o caminho da iniciação à vida cristã com uma catequese inspirada no catecumenato e uma evangelização mais querigmática e mistagógica. A Iniciação à Vida Cristã é fundamental na jornada da Igreja, sendo parte essencial do mandato missionário deixado por Jesus Cristo de fazer discípulos e batizá-los.
Esse processo de iniciação cristã é a porta de entrada para o mistério de Jesus Cristo e a vida na Igreja. Através da escuta da Palavra e dos sacramentos, a pessoa passa por uma transformação em sua essência e se torna um testemunho vivo do Evangelho. É essencial que os evangelizadores estejam preparados e atualizados para enfrentar os desafios e mudanças da sociedade atual.
A Iniciação à Vida Cristã não é apenas mais uma pastoral, mas sim o eixo central e unificador de toda ação evangelizadora e pastoral. Seu objetivo é formar discípulos missionários de Jesus Cristo, capacitando-os a viver e proclamar a fé cristã em meio a uma sociedade em constante mudança.
É crucial superar uma catequese focada apenas na preparação para os sacramentos e adotar novas metodologias que atendam às necessidades dos catequizandos e adultos em busca de sentido e pertencimento. O encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo deve ser o cerne da Iniciação à Vida Cristã, proporcionando uma experiência transformadora e significativa.
Os catequistas desempenham um papel fundamental na formação das comunidades eclesiais, assim como as pequenas comunidades podem contribuir significativamente para a vivência da fé e missão da Igreja. A formação contínua dos catequistas, a integração da catequese com a liturgia e a promoção do encontro com Cristo são essenciais para revitalizar a comunidade e formar discípulos missionários.
A Iniciação à Vida Cristã é o alicerce da ação evangelizadora da Igreja, guiando os fiéis no caminho do encontro com Jesus e na vivência autêntica da fé. Consolidar esse processo, integrando-o em todas as dimensões da vida eclesial, é essencial para formar discípulos comprometidos e transformar a sociedade à luz do Evangelho.
Este é o último artigo que escrevo à frente da Diocese de Uruguaiana. No próximo domingo, dia 9 de junho, serei empossado na Arquidiocese de Cascavel. Já fiz recomendações sobre a importância das pequenas comunidades e do método catecumenal para a catequese.
Um último conselho é sobre a construção do Santuário Nossa Senhora Conquistadora. Recomendo vivamente que não interrompam a campanha e sua construção. A fé se alimenta de obras materiais. Este Santuário é a casa que a Diocese de Uruguaiana está construindo para que Nossa Senhora possa melhor ser encontrada por seus devotos nesta Terra Santa. Não desanimem, continuem até vê-lo concluído.
Concluo e despeço-me como sempre encerro os programas de rádio: Querido irmão, querida irmã, nunca deixem a esperança morrer em você.
Dom José Mário Scalon Angonese – Bispo Diocesano de Uruguaiana