Jesus vai formando o seu grupo

Na liturgia deste terceiro domingo, Jesus está formando o seu grupo. Encontra os seus discípulos, no exercício de sua profissão, eram pescadores.

Já neste primeiro contato, Jesus acena para a nova missão que eles deveriam executar: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens” (Mc 1,17). Eles deixaram tudo o seguiram o Senhor.

Antes, tínhamos os profetas. Eram homens de Deus, chamados para falar em nome de Deus, para anunciar a verdade e para denunciar o erro, a mentira e a falsidade. Assim, o profeta Jonas foi enviado à cidade de Nínive, uma cidade corrompida, mergulhada no pecado, e condenada à destruição, não havendo arrependimento e conversão.

Nínive era uma cidade grande. Tratava-se de uma missão muito difícil. A palavra de Deus precisava ser anunciada a todo o povo. Com a graça de Deus, Jonas cumpriu a sua missão. Todos os habitantes de Nínive escutaram a palavra de Deus e houve uma conversão impressionante: “Os ninivitas acreditaram em Deus; aceitaram fazer jejum, e vestiram sacos, desde o superior ao inferior” (Jn 3,5). É claro que diante da atitude de toda uma cidade que se converteu e de um povo que se afastou do mau caminho, Deus teve misericórdia e não destruiu a cidade.

A partir de Jesus Cristo, a metodologia da pregação é outra. Ele não trabalha mais com ameaças e tentativas de assustar o povo. Ele quer pescadores de homens. O pescador coloca isca, procura atrair e depois levar o peixe. Os evangelizadores que ele envia ao mundo deverão conquistar a humanidade inteira, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

São Paulo, na carta aos Coríntios, nos orienta no sentido de que não podemos mais perder tempo. Precisamos ocupar-nos com o que é essencial. Precisamos levar à frente esta obra maravilhosa iniciada por Jesus Cristo e confiada aos seus seguidores.

A Igreja do Brasil recebeu do Papa Bento XVI, em 2007, a incumbência de organizar uma missão continental. Estamos no décimo ano da Missão.

Desde então a nossa diocese estava num bonito trabalho de missão. Ficamos paralisados diante da pandemia, quando até as visitas foram impedidas e qualquer trabalho missionário acontece a partir do encontro de pessoas. Esperamos que em breve isto volte!

Dom Zeno Hastenteufel – Bispo Diocesano de Novo Hamburgo