Jovens tiveram contato com diferentes realidades em Porto Alegre

Cerca de 60 jovens de todo o estado tiveram a oportunidade de fazer uma experiência missionária em Porto Alegre (RS), de 17 a 23 de julho. Conheceram e acompanharam a rotina das pessoas que trabalham com reciclagem de lixo, presidiários, crianças e adolescentes em vulnerabilidade, e pessoas que vivem com HIV.

A iniciativa é parte das ações do Plano Bienal para 2016 e 2017 do Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB, que tem como tema transversal o cuidado com a vida. A coordenadora do Serviço, Ir. Zenilde Fontes, explica que a metodologia desta experiência missionária está embasada nas orientações das Diretrizes Gerais da CNBB, e segue a pedagogia do serviço, diálogo, anúncio e testemunho de comunhão eclesial. Além disso, será uma vivência de pastoral conjunta e orgânica.

A proposta é fazer a experiência de viver com as pessoas o seu cotidiano, participando de sua rotina e, a partir dessa vivência da rotina do outro, fazer o exercício de perceber Deus.

“Um cristão que não vive a caridade fica com uma fé deficiente. A dimensão missionária da nossa fé faz parte do DNA do cristão e é o elemento comum entre todas as vocações. Assim que somos batizados, assumimos o compromisso com o anúncio”, diz a Ir. Zenilde.

Locais e itinerário

A missão ocorreu na Fonte Colombo – que trabalha com pessoas que vivem com HIV -, Presídio Central, Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis (CPCA), na Lomba do Pinheiro, Galpão de Semana final3Reciclagem da Vila dos Papeleiros, Abrigo João Paulo II e Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar), local onde, além da reciclagem do lixo, são desenvolvidos programas culturais e projetos de inserção no mercado de trabalho, por meio do Polo de Desenvolvimento Tecnológico e Escola de Ensino Médio, com foco no projeto de vida dos jovens aprendizes e no seu empoderamento para assumir seu lugar na sociedade.

Ao chegarem em Porto Alegre, na segunda-feira (17) pela manhã, os missionários e missionárias participaram de uma acolhida com momento de sensibilização para a vivência da missão. A atividade foi conduzida pelo Pe. Camilo Pauletti, missionário que vivenciou diversas realidades de missão em locais como a África e a Amazônia, e que presidiu as Pontifícias Obras Missionárias, em Brasília.

O primeiro contato com as realidades foi por meio de oficinas, onde os jovens missionários tiveram acesso a informações sobre os locais de missão e como seria a vivência em cada local.

Ao longo da semana, cada jovem visitou três lugares diferentes e, à noite, os mesmos foram acolhidos pelas famílias das paróquias Santo Antônio, Nossa Senhora Medianeira, Nossa Senhora da Saúde, São Luiz Gonzaga, São Jorge, São Francisco, na Área Pastoral Leste da Arquidiocese de Porto Alegre, no Bairro Partenon. “Acolher a juventude tem um significado muito grande. A juventude é presente, mas também garantia de futuro. A presença do jovem no Morro Santo Antônio foi e continua sendo um grande sinal de vida e de esperança para nossa Igreja”, frisou Frei Turra.

No sábado (22), a acolhida também ocorreu em casas de famílias de diferentes paróquias da arquidiocese, onde foram realizadas partilhas das experiências com as comunidades. No domingo (23), ocorreu a Missa de envio dos missionários e missionárias para suas Dioceses, na Paróquia São Pedro e, em seguida, foi oferecido pela comunidade um almoço de confraternização.

“O meu sentimento é de gratidão a Deus e ao sim de cada um que participou da Semana Missionária. Estamos voltando para nossas dioceses com muita alegre e com o compromisso de fazer algo diferente. Para nos inserirmos em várias realidades e pastorais que durante estes dias tivemos a graça de conhecer”, concluiu o jovem Odacir Junior Czekalski, da Diocese de Santo Ângelo.

Colaboração: Daiane De Carvalho Madruga e Judinei Vanzeto

Foto de capa: Daiane De Carvalho Madruga

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