Marlene Faleiro, da Diocese de Santo Ângelo, receberá Ministério de Catequista na 61ª Assembleia Geral da CNBB
A Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece de 10 a 19 de abril em Aparecida (SP), terá nesta 61ª edição um momento histórico e muito especial. No próximo sábado, 13 de abril, a missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida contará com o rito de instituição do ministério de catequistas, no qual catequistas dos 19 regionais da CNBB receberão a designação desse ofício.
Marlene Faleiro, da Diocese de Santo Ângelo, é a catequista escolhida pelo Regional Sul 3 para esse importante momento da Igreja no Brasil. Marlene atua na Paróquia Sagrada Família, em Santa Rosa e dos 66 anos de idade, há 45 serve como catequista na comunidade. Ela lembra um pouco da sua caminhada eclesial:
Cresci frequentando a comunidade e desejando servir a mesma de alguma maneira. Depois de concluir o magistério, após o estágio, o diretor da escola me convidou para ser catequista de uma turma de crianças desta comunidade. Aceitei o convite, pois onde morava, numa comunidade próxima a esta, as pessoas participavam da Comunidade da matriz. Após a celebração do Sacramento desta turma, nasceu o desejo de organizar as famílias da comunidade onde resido até hoje. As celebrações e a catequese aconteciam nas casas das famílias, inclusive na minha. Lembro que comecei a participar das formações oferecidas pela paróquia quando foi lançado o Documento Catequese Renovada, nº 26. Aí só cresceu a paixão pelo projeto de Jesus Cristo e o Evangelho. Nunca mais parei. Alguns anos depois assumi a Coordenação Paroquial da Catequese; na sequência fui escolhida para assumir a Coordenação Forânica (área pastoral) da Catequese e, em 2003, dom Estanislau Kreutz (in memorian), então Bispo Diocesano, me chamou para assumir a Coordenação Diocesana da Animação Bíblico-catequética. Mesmo assumindo funções de coordenação, sempre atuei com grupos de catequese de crianças, adolescentes e jovens, adultos e catequese de batismo. Atualmente acompanho a Iniciação à Vida Cristã de crianças na comunidade onde resido e a Catequese de Batismo à nível Paroquial.
A catequista segue na coordenação diocesana da Animação Bíblico-catequética e também integra o colegiado regional da Animação Bíblico-Catequética, representando a Província Eclesiástica de Santa Maria.
Perguntamos à Marlene como ela se sente representando o Rio Grande do Sul neste momento em que a Igreja no Brasil celebra a instituição do Ministério de Catequista e ela diz que vive um misto de alegrias e desafios:
Nunca pensei ser instituída Ministra da Catequese. O foco central foi, e é, dar testemunho do que anuncio; possibilitar formação continuada aos catequistas, em todas as dimensões; bem como, proporcionar aos mesmos o conhecimento dos Documentos da Igreja para que realizem sua missão de Educar na Fé, de forma madura, consciente e, com encantamento. Recebi o convite como graça de Deus e, com grande responsabilidade, pois em meio a milhares de catequistas espalhados por todo o Rio Grande do Sul, fui escolhida para representá-los, passando a ser a primeira catequista a receber a instituição deste Ministério, no Regional Sul 3. Louvo a Deus por isso. Suplico sua proteção e condução dos meus passos para continuar servindo a Igreja com a alegria própria de uma fiel cristã.
Confira a seguir o vídeo com Pe. Wilson Fernandes, coordenador do colegiado da Animação Bíblico Catequética no Regional Sul 3 e Marlene Faleiro:
O ministério de catequistas
Instituído pelo Papa Francisco com o motu proprio Antiquum Ministerium, do dia 10 de maio do ano de 2021, o ministério de catequista “é um serviço estável prestado à Igreja local de acordo com as exigências pastorais identificadas” pelo bispo, e que devem ser desempenhadas de acordo com a condição de cristãos leigos e leigas que recebem este ministério.
O Papa Francisco destacou que o ministério instituído de Catequista seja conferido a “homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna”. O pontífice também orientou que esses fiéis devem receber a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica, “para ser solícitos comunicadores da verdade da fé, e tenham já maturado uma prévia experiência de catequese”. Outro requisito é que “sejam colaboradores fiéis dos presbíteros e diáconos, disponíveis para exercer o ministério onde for necessário e animados por verdadeiro entusiasmo apostólico”.
CNBB Sul 3