Mês Missionário Extraordinário

Neste primeiro final de semana de outubro somos todos convidados a irmos em peregrinação até o Santuário de Nossa Senhora das Lágrimas, para como peregrinos e missionários celebrarmos a abertura do Mês Missionário Extraordinário (MME).

O tema escolhido: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” deixa claro que todo batizado carrega consigo a responsabilidade de tornar Jesus conhecido e amado em todos os lugares que ainda não foram alcançados pela ação evangelizadora.

O objetivo, segundo o próprio papa, é “despertar a consciência da missio ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. Sim, tanto a vida pessoal de cada cristão católico como as iniciativas pastorais das comunidades devem refletir, de alguma forma, a preocupação do anúncio da boa nova do Evangelho.

Isso está em plena sintonia com seu pensamento manifestado na Evangelii Gaudium, 15: A ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja. Ou seja, trata-se de “pôr a missão de Jesus no coração da Igreja, transformando-a em critério para medir a eficácia de suas estruturas, os resultados de seu trabalho, a fecundidade de seus ministros e a alegria que eles são capazes de suscitar. Porque sem alegria não se atrai ninguém”.

A alegria deve ser a marca das iniciativas e ações das comunidades, paróquias e dioceses. A proposta não é criar um programa a parte, mas inserir na programação ordinária e habitual das igrejas locais a temática e o espírito do mês missionário, visando à conversão pastoral e um seguimento mais consciente e ousado de Jesus, despertando maior amor pela missão, maior paixão por Jesus e pelo povo de Deus.

Às paróquias, o MME, sugere que se utilize o material das Pontifícias Obras Missionárias (POM) para a novena missionária em todos os grupos, movimentos e pastorais; que no sábado da terceira semana de outubro façam alguma experiência de visitação, uma vigília de oração pelas missões e, no domingo, motivem a coleta do Dia Mundial Missionário como gesto concreto de solidariedade.

Alimentamos a esperança que todo o esforço de preparação e vivência do MME gere em todas as instâncias da Diocese, gestos concretos e permanentes, que apontem para a natureza missionária da Igreja, pois reconhecemos e acreditamos com o Papa Francisco que “a ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja” (EG 15).

Não deixemos de participar da Semana Nacional da Vida e Dia do Nascituro, rezando a Oração pela Vida e fazendo badalar os sinos no dia primeiro como sinal de alegria; e acendendo luzes no dia 8, como sinal de esperança da vida que nasce iluminada por Cristo, luz do mundo.

Para refletir:

– Consigo entender por que todo batizado é discípulo missionário?

– Como estou vivendo minha missão de apostolo de Jesus Cristo?

– O que poderia fazer e me proponho a realizá-lo durante este Mês Missionário Extraordinário?

 

Textos Bíblicos: 2Tm 1,6-8.13-14; Lc 17, 5-10; Sl 94(95)

 

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório