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Mulheres e discípulas do Senhor

Estimados Diocesanos! O mês de maio, dedicado à Mãe de Jesus, nos traz presente, com maior intensidade, a participação e a importância da mulher no projeto criador e redentor de Deus nosso Pai. À luz do Ano Nacional do Laicato, a Igreja Católica no Brasil quer valorizar a presença e a ação dos “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”. Pelo batismo que receberam, são protagonistas do anúncio do Reino de Deus e chamados a serem “Sal da Terra e luz do mundo” (Mt 5,13-14) através do testemunho de vida e do compromisso na ação evangelizadora de discípulos e discípulas do Senhor Jesus em nossas comunidades e na sociedade.

Mas seria uma omissão de nossa parte, como Igreja comunidade de fé, vivermos este mês sem manifestarmos gratidão a Deus pela presença materna de Maria no projeto de amor do Pai e na vida da Igreja. Ela foi mãe servidora e discípula de Jesus. Por isso, este mês é tempo propício também para refletirmos e reconhecermos “a dignidade da mulher e a sua indispensável contribuição na Igreja e na sociedade, ampliando sua presença, especialmente na formação e nos espaços decisórios”, como nos lembra o documento 105 da CNBB, sobre os cristãos leigos e leigas.

A participação da mulher sempre esteve presente no projeto de amor de Deus, e a sua atuação na missão e na vida da Igreja ajudou a tornar mais visível o amor do Pai, manifestando sua ternura divina e humana na vida das pessoas, nas famílias e em tantas realidades de abandono, de violência e de dor, muitas vezes desconhecidas ou ignoradas por muitos de nós.

Na sua exortação apostólica Gaudete et Exsultate, sobre a alegria da santidade, falando do caminho para alcançá-la, o Papa Francisco nos lembra que Maria “viveu como ninguém as bem-aventuranças de Jesus. É aquela que estremecia de júbilo na presença de Deus, aquela que conservava tudo no seu coração e se deixou atravessar pela espada… Ela nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. E, quando caímos, não aceita deixar-nos por terra e, às vezes, leva-nos nos braços, sem nos julgar”. Isto porque ela sabe que o amor é o melhor remédio para curar as feridas do coração que nos afastam de Deus e dos irmãos e irmãs na comunidade de fé.

Tende todos um bom domingo.

+ Dom José Gislon – Bispo Diocesano de Erexim