O Verbo se fez carne e revelou a Misericórdia
No verbo encarnado temos o rosto da misericórdia, o verbo que se fez carne é a expressão maior desse amor misericordioso do Pai para conosco. Por isso, os fariseus e os mestres da lei estavam escandalizados, criticando o Senhor, porque Ele acolheu os pecadores e participou de uma refeição com eles. Pois eles eram legalistas, eram especialistas em seguir leis e não em amar as pessoas e Jesus, ao se encarnar, mostra o coração misericordioso do Pai. Coração capaz de acolher aquele que peca, que erra, que falha, coração que se faz presente não para julgar nem condenar, mas para acolher, amar, ajudar e dizer: “Eu estou contigo!”
No filho encarnado temos o pai que nos olha e diz: “estou contigo, meu filho, não importa teu passado, eu te amo apesar disso”. Em Deus Pai temos um pai que guarda a melhor roupa, que guarda o anel e a sandália, para acolher seu filho que se machucou, extraviou-se e perdeu-se pelas sendas deste mundo. O coração misericordioso do Pai está com as portas escancaradas para acolher qualquer pecador, para acolher cada um de nós em nossas mais profundas misérias, a fim de nos lavar, purificar e redimir.
Só quem experimenta a profundidade da misericórdia de Deus consegue ser, também, profundamente misericordioso com aquele que peca, que falha e erra. O papa Francisco nos convida, como Igreja, a não sermos inquisidores uns dos outros, sejamos acolhedores, precisamos ser como o coração de Deus, lugar do acolhimento, de receber o filho que está machucado, a ovelha que está desgarrada, sem um olhar julgador e condenador, mas com um olhar de amor de acolhida. O que não podemos deixar de ser é expressão da misericórdia de Deus para quem falha, para quem erra.
Assim como Deus é misericordioso para conosco, precisamos, também nós, usar de misericórdia com nossos irmãos.
Por Rudinei Zorzo – Coordenador do Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3