Pai e Mãe sacerdotal
Nas horas tranquilas do dia, aquela mãe piedosa e dedicada levava o filho até na igreja. Pegava sua mãozinha, chegava-se à pia de água e lhe ensinava a fazer o sinal da Cruz. Mostrava-lhe o Sacrário, onde está Jesus. Explicava-lhe de quem eram as imagens dos santos. Ajoelhava-se com ele diante de Jesus crucificado e lhe dizia:
– “Jesus morreu por nós na Cruz!”
Depois, num instinto maternal, pedia:
– “Meu filho, manda-lhe um beijo!” E o menino, sorrindo, beijava a mãozinha e estendia para Jesus na Cruz.
Os tempos passaram… Um dia, o padre recebeu um aviso: “Sua mãe está nas últimas!” O sacerdote como que voou para a casa paterna. Todos o aguardavam.
Chegou-se ao lado de sua mãe, que o recebeu com um sorriso:
– “Estava à sua espera! Dê-me a absolvição dos meus pecados!”
Segurando as lágrimas, o filho a absolveu em nome do Senhor e depois lhe mostrou o Crucifixo e lhe disse:
– “Minha mãe, tenha confiança em Jesus!”
Ela entendeu e lembrou-se perfeitamente dos tempos de outrora. Beijou a mão trêmula do filho padre e a estendeu para o Crucificado, balbuciando:
– “Jesus, eu Te amo!” E expirou mansamente… (cf. J. B. do Nascimento; Mensagens de fé e vida; BH, p.178).
Esta história lembra a nossa. Que graça os filhos poderem acompanhar seus pais em sua partida para a eternidade! Eles nos mostraram o caminho e já partiram…
Acompanhei meu pai Dionísio e lhe disse:
– “Pai, pode confiar. Nós vamos cuidar da mãe!”
Talvez era o que ele ainda queria ouvir e … partiu serenamente na paz do Senhor!
Cumprimentos, incentivos e agradecimentos para todas as nossas queridas mães pelo Dia das Mães e pelo que são na família, na Igreja e no mundo!
+ Hélio Adelar Rubert – Arcebispo Metropolitano de Santa Maria