Setores Juventude partilham experiências no 1º Seminário de Práticas de Evangelização da Juventude do Rio Grande do Sul
As ações desenvolvidas pelos setores diocesanos da juventude que tiveram como tema transversal o cuidado com a vida foram apresentadas durante o 1º Seminário de Práticas de Evangelização da Juventude, realizado nos dias 26 e 27 de agosto, em Santa Maria. O evento marcou a culminância do Plano Bienal para 2016 e 2017, elaborado e assumido pelas lideranças dos setores diocesanos de juventude e pelo Serviço de Evangelização da Juventude do Regional Sul 3 da CNBB, e que propunha um olhar especial para as questões ligadas à vida e o desenvolvimento de ações voltadas ao cuidado e preservação de todas as formas de vida, em consonância com a proposta do Papa Francisco, trazida pelo documento, e por meio dos processos de missionariedade, formação e estrutura de acompanhamento.
Uma leitura orante da passagem bíblica que traz a parábola do semeador abriu o Seminário, no sábado pela manhã. Em seguida, a coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude, Irmã Zenilde Fontes, e as assessoras jovens Bruna Vasconcelos e Luana Padilha fizeram uma retomada da história do Serviço, desde a sua criação, em 2010, com o propósito de fazer memória de todo o processo vivenciado até agora para, a partir do olhar para o caminho que já foi trilhado, estimular a percepção sobre quais os rumos da evangelização da juventude.
Os assessores Márcio Amaral, Frei Arno e Frei Rubens foram os debatedores das três mesas redondas que ocorreram ao longo do Seminário. A primeira delas tratou dos desafios para a Evangelização das Juventudes, numa abordagem sobre os paradigmas e posicionamentos da juventude como sujeitos políticos, que estão abertos à diversidade e que se comprometem em tornar o Evangelho possível.
Durante a tarde de sábado, as dioceses apresentaram as práticas pensadas e realizadas pelos setores diocesanos de juventude, com o envolvimento dos grupos de jovens. “Para mim a partilha das práticas foi um momento muito rico, de escuta, de sabermos escutar e também foi um espaço de celebrarmos as práticas que realizamos na nossa diocese. Estar junto nesse espírito de unidade é bom porque assim também conhecemos realidades diferentes e isso nos inspira”, disse Raquel Porto, comunicadora da Diocese de Rio Grande.
Após as apresentações, em grupos, os participantes refletiram e debateram sobre como as práticas apresentadas podem inspirar novas experiências nas demais dioceses. Esse debate foi levado a uma plenária e encerrou com uma mesa redonda com o tema “Um olhar sobre a prática: as percepções sobre o processo e suas metodologias”.
“Essas práticas ajudam a compreender que Igreja estamos refletindo, que caminho de fé conseguimos interiorizar, transmitir, evangelizar, que metodologia estamos usando, como nós interagimos com as pessoas, com os jovens entre si, humanamente falando, e como conseguimos interagir com a caminhada da ação evangelizadora de cada uma das nossas dioceses, visto que a evangelização da juventude é a Igreja”, avalia Dom Adelar Baruffi, um dos bispos referenciais para a Evangelização da Juventude do estado.
De acordo com o bispo essas inquietações recolhidas e aprofundadas dão uma perspectiva para olhar para a frente e não isoladamente, mas a partir das dioceses do Rio Grande do Sul, da Igreja do Brasil e do último documento aprovado no sínodo dos bispos, que trata da Iniciação à Vida Cristã, na qual também se situa a juventude. Em Brasília, ocorre nos próximos o 2º encontro de Revitalização da Pastoral Juvenil que, junto com as intuições daqui também ajudará a projetar os próximos anos. Dom Adelar lembra que também estamos inseridos numa caminhada de Igreja no mundo inteiro, já que o Papa Francisco chamou os bispos para o próximo Sínodo que terá como tema os jovens, a fé e o discernimento vocacional.
As atividades do primeiro dia de Seminário foram encerradas com uma celebração eucarística presidida por Dom Adelar Baruffi e concelebrada pelos padres que estavam do Seminário. Também houve uma confraternização com alimentos trazidos pelos participantes e que representam a culinária típica das suas cidades.
A manhã de domingo foi dedicada à reflexão e debate sobre como as ações desenvolvidas nas dioceses ao longo do biênio podem inspirar outras práticas. Na última mesa redonda do encontro, os assessores falaram sobre as metodologias de trabalho com as juventudes, formação, cuidados com o processo e acompanhamento.
Após, os grupos pensaram em práticas inspiradas pelas reflexões e experiências partilhadas ao longo do encontro. Foram apontadas como proposta de caminho a partir de agora a continuidade das ações voltadas ao mapeamento e acompanhamento dos grupos paroquiais, além da formação permanente de assessores e lideranças juvenis.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude, Irmã Zenilde Fontes, o seminário cumpriu com seu propósito de dar início a um caminho a ser aprofundando de reflexão e estudo a partir das nossas iniciativas pastorais. “Iniciar processos de formação e percepção do quanto o fazer pastoral incide primeiro na pessoa envolvida direta ou indiretamente bem como na comunidade local/Diocesana e na sociedade, no nosso cotidiano. Foi muito válida a experiência única de, na diversidade de carismas apresentar iniciativas comuns. É possível fazer comunhão pela participação, assumindo a mística da alteridade e da gratuidade, do permanecer para pertencer”, disse a coordenadora.
A presença de Assessoria consagrada e de assessoria jovem, que já viveu o caminho pela articulação e comunicação, além dos jovens que estão na liderança e jovens recém se inserindo no caminho nos aponta a seguridade da caminhada que vem dialogando com serenidade o ontem e hoje. A presença do bispo referencial para Evangelização da Juventude no estado em nome dos Bispos Diocesanos nos anima com o compromisso e opção preferencial às Juventude s dos nossos pastores. Agora em novembro aprofundamos as aprendizagens do seminário, a fim de gestar os próximos passos do trabalho com a Juventude no estado”, concluiu Ir. Zenilde.
O Seminário foi animado pela Banda Hava e encerrou com uma missa de envio, também presidida por Dom Adelar Baruffi.
Por Daiane de Carvalho Madruga – Voluntária do Eaítchê