Uma reflexão pré-eleitoral
Mas a maior prova de corrupção, no tempo de Jesus, é a parábola que ele nos conta, no evangelho deste domingo. É o administrador demitido, que, antes de sair do emprego, ainda aproveita os direitos de seu cargo para roubar abertamente e favorecer aos devedores de seu patrão: diminui a dívida de todos, para que, mais tarde, fossem também bons e agradecidos para com ele. Por fim conclui: “E o senhor elogiou o administrador desonesto porque ele agiu com esperteza; com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16, 8).
Nós sabemos que esta esperteza continua até os dias de hoje. Certamente tornaram-se mais espertos ainda. Muitos políticos pensam só nas futuras eleições, canalizam todos os seus recursos, as verbas públicas disponíveis, os favores que prestam e as iniciativas que tomam, sempre procurando já preparar o caminho da próxima eleição. E como é que se explicam estas grandes fortunas que são gastas na propaganda eleitoral? – Certamente, alguém está financiando tudo isto. E nestas duas semanas que ainda faltam para as eleições, é bom que todos, à luz do evangelho, questionam estas práticas.