Assunção de Maria ao Céu
A data de 15 de agosto é muito querida para Santa Maria, pois lembra a criação da Diocese de Santa Maria por São Pio X em 1.910. É também um dia de festa litúrgica para a Igreja Católica, pelo fato de no dia 1º de novembro de 1.950, o Papa Pio XII ter proclamado o dogma da Assunção de Maria aos céus com estas palavras:
“Definimos ser dogma revelado por Deus que a imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi assunta à glória celeste em corpo e alma”. Nestas breves palavras estão contidas três grandes verdades: a Imaculada Conceição, a divina maternidade e a virgindade perpétua de Maria.
“A morte entrou no mundo com o pecado, do qual Maria foi isenta. Daí deriva a glorificação antecipada de seu corpo com a Assunção, como resposta ao ato imaculado de conceber, imaculada, como sinal de um mesmo amor que une o Filho à Mãe. A integridade física, inerente ao ministério da divina maternidade, manifesta-se, pois, na vida de Maria, que se conclui com a Assunção. Esta não é Ascensão, porque somente Cristo subiu por sua própria força. Maria foi atraída pelo amor do Filho, como num êxtase, numa morte que aturdiu os apóstolos, reunidos, como diz a tradição, em Éfeso, onde a Mãe de Jesus fixara morada junto ao apóstolo João” (Cf. Mario Sgarbossa; Os Santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente; Paulinas, 2003, p. 461).
O mistério da assunção de Maria ao céu em corpo e alma, logo depois da morte, sempre foi crença pacífica na Igreja tanto no Ocidente quanto no Oriente. Pelos méritos salvíficos de Jesus, o corpo de Maria foi elevado ao céu, como primícias de todos os justos que, no fim do mundo, irão ressurgir para a vida eterna, prometida por Jesus.
Nesta festa da Assunção de Maria ao céu, o povo de Deus canta as maravilhas que Deus continua a realizar na história de seu povo. Assunta ao céu, Maria atingiu a plenitude da salvação operada pelo seu Filho Jesus. Na oração do Prefácio a Igreja reza: “Hoje, a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para o vosso povo ainda em caminho, pois preservastes da corrupção da morte aquela que gerou, de modo inefável, vosso próprio Filho feito homem, autor de toda a vida”. Agora no céu, temos certeza, que ela intercede por todos nós seus filhos. Ela espera por nós, a fim de participarmos da sua glória!
Dom Hélio Adelar Rubert – Arcebispo de Santa Maria