
Pastoral Carcerária
Breve Histórico:
O princípio ou germe da Pastoral Carcerária – PCr surge por volta do ano de 1960, ainda como caráter de movimento específico de algumas dioceses e congregações, sobretudo a partir da atuação das Irmãs do Bom Pastor nos presídios femininos, como uma representação da Igreja neste campo de missão junto àquela porção do Povo de Deus. Na década de 70 os trabalhos de evangelização nos presídios se intensificam através de atividades recreativas com os presos, reuniões, cursos de reflexão bíblica, celebrações litúrgicas com os mesmos e visitas tanto aos presos como a suas famílias. No ano de 1986 ocorre a primeira reunião deste movimento carcerário organizado pela CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Mas, é em 1988, através da coordenação do Cardeal Frei Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo de São Paulo, que se dará a criação e organização a nível nacional e internacional desta como uma Pastoral da Igreja, que esteja em consonância com a mensagem do Evangelho e seja reconhecida pelo sistema penitenciário. Gradativamente a PCr foi se espalhando pelo Brasil, se fazendo presente sobretudo nos locais onde há presídios, mas não só, pois a mesma não se limita a uma atuação interna, desenvolvendo um trabalho extramuros, acompanhando as famílias dos encarcerados. Fica evidente a importância da PCr sobretudo frente a catástrofes que abalaram a sociedade ao longo dos anos, tais como o massacre do Carandiru – 1992; massacre no sistema prisional do Estado do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, que deixam 130 mortos – 2017.
Objetivo:
Tendo em vista um mundo mais solidário e fraterno, onde não haja cárcere, o principal objetivo e atividade da PCr é lutar pelo fim da política de encarceramento em massa, denunciando os casos de tortura, maus tratos e violência que ferem os direitos humanos e que corriqueiramente acontecem internamente nos presídios, seja por parte dos próprios presos ou dos agentes penitenciários. A PCr prioriza a integridade física e moral daqueles que são privados da liberdade. Ela busca conscientizar a sociedade da real situação do sistema prisional, apontado para a superação da justiça retributiva/punitiva em vista da justiça restaurativa. Sua atuação se dá em meio aqueles(as) que tem sua liberdade privada e suas famílias, através de reuniões de formação, espiritualidade e atualização, priorizando e apostando na valorização da pessoa humana em vista de sua regeneração e reinserção social.
Atuação em quantas e quais dioceses:
Atualmente a PCr está presente em 17 das 18 Arqui/Dioceses que compõem o Regional Sul III, mas desde 2018 vem trabalhando para retomar os trabalhos na Diocese de Bagé, em cuja Diocese a Pastoral já existia, porém em virtude de dificuldades enfrentadas acabou esmorecendo.
Pessoas Responsáveis:
Durante a XXV Assembleia Estadual Eletiva da PCr, realizada no dia 06 de março de 2021, foi eleita a nova coordenação estadual que atuará a frente da PCr do RS durante o biênio 2021-2022. Compõem a Coordenação Estadual:
Coordenador Estadual: Pe. Eduardo Luís Haas – Diocese de Montenegro;
Vice-coordenadora: Ir. Imelda Maria Jacoby, ND – Arquidiocese de Passo Fundo;
Secretário: Diac. Luís Carlos Campos – Diocese de Cruz Alta;
Coordenadora para a questão das mulheres presas: Iara Carvalho – Diocese de Osório;
Setor referente à Justiça Restaurativa: Vera Dalzotto – Arquidiocese de Passo Fundo;
Setor de Formação: Pe. Edson André Cunha Thomassin – Diocese de Novo Hamburgo, e Ir. Madalena Andrade – Diocese de Uruguaiana;
Setor de comunicação: Pe. Leonardo Envall Diekmann – Diocese de Santo Ângelo;
E-mail da Pastoral Carcerária do RS: pastoralcarcerariars@gmail.com