Representantes do Regional Sul 3 participam de Seminário da 6ª Semana Social em Brasília

Nesta quarta, 20 de março, no Centro Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília, após celebração da mística sobre o sentido do chamado de “alargar a tenda”, ocorreu a abertura do seminário “Mutirão Nacional: o Brasil que queremos, o Bem Viver dos povos“.

Dom  José Valdeci Santos Mendes, presidente da Comissão Episcopal para a Ação Transformadora, abriu o seminário falando do profundo sentido desta caminhada da 6ª Semana Social Brasileira, que passou pela pandemia da Covid, construindo inúmeros momentos de reflexão e articulações pelo Brasil afora. Dom Valdeci destacou o desafio de seguirmos avançando em ações e propostas para contribuir na construção Brasil que queremos: o Bem Viver dos Povos.

Também presente na abertura do seminário, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, família e combate à fome do Brasil, Wellington Dias, iniciou sua fala resgatando sua origem e identidade cristã, que perpassaram as Comunidades Eclesiais de Base, a Juventude Operária Católica e Vicentinos, entre outros espaços. Abordando os desafios do governo Lula, destacou de sua pasta, a correção feita diante das grandes distorções que encontrou, por exemplo, no Bolsa Família, com muitas pessoas recebendo indevidamente e outras tantas, em extrema vulnerabilidade social, fora do programa. Falou dos grandes desafios nas várias áreas na defesa da Vida, agradeceu o trabalho realizado pela Igreja Católica em prol dos mais necessitados e afirmou que seu ministério está de portas abertas para parcerias.

Gilberto Carvalho, secretário nacional da economia Solidária, manifestou a alegria de estar no seminário. Destacou que o trabalho que fazem as pastorais sociais, a semana social e a Igreja, através da CNBB, é fundamental. Enfatizou que muitas lideranças que hoje defendem os direitos humanos e da natureza, vem da base social da Igreja católica. Acrescentou, ainda, que diante do contexto atual, de forte jogo de interesses, é nosso papel estarmos vigilantes, monitorar e cobrar as ações do governo, iluminados pela fé.

Jose Ricardo, do MST, lembrou que o “mutirão”, não pode deixar ninguém para trás: é participação, é celebração. E que no Brasil que sonhamos não cabem a devastação da natureza, a violência aos lutadores sociais, o racismo, a xenofobia, o machismo, o trabalho escravo. O Brasil que queremos precisa de reforma Agrária e a reforma urbana, entre tantos outros direitos. Já Catia Cardoso, da Caritas Brasileira – Regional Nordeste 3, enfatizou que a luta por uma Brasil Justo exige acabar com a violência contra os jovens, as mulheres, a população negra.

Frei Olavo Dotto, assessor da comissão, resgatou a trajetória de organização e realização da 6ª Semana Social Brasileira, que iniciou e imediatamente enfrentou a pandemia; o processo de escolha da temática e da metodologia, e o caminho de mobilização. Dotto agradeceu aos participantes pelo empenho de todos e todas nesta caminhada e destacou os Diálogos abertos com o ministro Wellington Dias, o que destacou como um dis frutos da semana social.

Durante a abertura do evento, o Papa Francisco também mandou sua mensagem aos participantes da 6ª Semana Social Brasileira. O Papa lembrou das origens da Semana Social no Brasil, desde 1991 e resgatou seus diálogos com os Movimentos Sociais, agradecendo a acolhida da semana social ao chamado que ele fez aos mesmos por terra, teto e trabalho. Finalizando sua mensagem manifestou seu profundo desejo de que este mutirão produza abundantes frutos, em favor de uma sociedade mais justa na qual se viva a fraternidade universal e a amizade social. E pediu que não esqueçamos de rezar por ele.

Do Regional Sul 3, participam do seminário, os padres José Carlos Stoffel e Edson Cunha Thomassin e Roseli Pereira Dias, da Caritas RS. Ainda do Rio Grande do Sul também estão participando Luis, Luciana e Luiza Udovic Bassegio, que são do Grito dos Excluídos Continental.

 

Texto: Roseli Pereira Dias